Estudo aponta que hoje existam mais de mil sites de compras coletivas no Brasil em operação ou em fase de lançamento (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2011 às 19h48.
São Paulo - O comércio eletrônico brasileiro apresentou um faturamento de R$ 14,8 bilhões em 2010, segundo estudo do e-bit apresentado nesta manhã (22), em São Paulo. Este valor representa um crescimento de 40% frente aos R$ 10,6 bilhões faturados em 2009. E esta quantia tende a ser maior neste ano.
“Esperamos que o e-commerce tenha um faturamento, só neste primeiro semestre, de R$ 8,8 bilhões. E até o final do ano o número deve aumentar para R$ 20 bilhões”, afirmou Pedro Guasti, diretor-geral do e-bit.
Mesmo assim, o faturamento superou as expectativas do ano passado, que considerava o valor de R$ 14,5 bilhões. Hoje, a participação do e-commerce no varejo total é de 4,5%. O e-bit também espera, somente no primeiro semestre deste ano, ter aproximadamente 4 milhões de novos consumidores virtuais, tendo assim, um total de 27 milhões de e-consumidores brasileiros.
Em 2009, foram 5,4 milhões de novos consumidores. Os bons resultados, segundo Alexandre Umberti, diretor de marketing, produtos e inteligência do e-bit, deve-se à Copa da África do Sul - responsável pelo aumento das vendas de televisores LCD -, e ao aumento da presença da nova classe média na internet. “A classe C entra no mercado de forma diferente porque ela tem mais confiança em fazer compras online, as marcas que ela conhece estão lá, além dos preços e condições de pagamento serem mais favoráveis”, explicou Umberti.
Outro fato que colaborou para o crescimento do faturamento do comércio eletrônico foi o aumento do ticket médio, que passou de R$ 335,00 para R$ 373,00, valor este gasto por 23 milhões dos 40 milhões de consumidores totais do ano passado.
O comportamento do consumidor virtual também mudou. Por anos, livros, CDs e DVDs eram os produtos mais vendidos nas lojas virtuais. Neste ano, os eletrodomésticos ocupam a primeira posição com 14% das vendas. Em seguida aparecem os livros, assinaturas de revistas e jornais (12%), saúde, beleza e medicamentos (12%), informática (11%), e eletrônicos (7%). “O consumidor está mais confiante na hora de comprar outros produtos que tenham um ticket de maior valor”, afirmou Umberti.
Compras coletivas
O estudo do e-bit aponta que hoje existam 1,2 mil sites de compras coletivas no Brasil em operação ou em fase de lançamento, que oferecem cupons com descontos que variam entre 50% e 70%. Dentre esses sites, os que têm 80% de participação deste segmento são Groupon, PeixeUrbano e ClickOn. “As pessoas aderiram muito bem a esse tipo de compra que oferece cupons de descontos”, afirmou Guasti.