PepsiCo: segundo laudo da empresa, contaminação não ocorreu na fábrica (Renato Spencer/Veja)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2011 às 12h02.
São Paulo - Uma dona de casa moradora de Joinville, em Santa Catarina, reclamou ter encontrado um filhote de rato morto dentro de um pacote do salgadinho De Montão, da Elma Chips, na última segunda-feira. O fato foi publicado no jornal regional A Notícia, e repercutiu desde então, chegando ao topo dos trending topics do Twitter nesta quinta-feira.
Segundo o jornal, de acordo com a moradora, no final da tarde de segunda-feira, o filho de cinco anos havia acabado de abrir a embalagem quando o irmão mais velho sentiu um cheiro ruim vindo do pacote. Assim que olharam, viram o ratinho ao fundo, junto com os farelos.
Sem certeza de que a embalagem estava completamente lacrada quando comprada, a mãe do menino procurou o dono do supermercado onde o salgadinho foi adquirido, que declarou ter feito uma vistoria no estoque após o ocorrido: "Olhamos os outros pacotes e não havia nada de errado”, disse ao jornal.
A PepsiCo, que fabrica os produtos da Elma Chips, informou por meio de nota enviada a EXAME.com, que tomou conhecimento da reclamação na terça-feira (11), depois que a consumidora entrou em contato com o serviço de atendimento ao consumidor (SAC).
A empresa afirmou ter enviado uma equipe à casa da consumidora para colher amostras do produto para análise. Ainda segundo a empresa, a moradora negou-se a entregar a embalagem, mas foi possível rastrear o produto com base em dados como a numeração do lote e a data.
As análises da PepsiCo, que ficaram prontas hoje, concluíram que "não é possível que tenha havido contaminação no processo de empacotamento na fábrica ou armazenamento na filial de vendas da empresa."
Há cerca de uma semana, a PepsiCo teve problemas que envolveram o achocolatado Toddynho no Rio Grande do Sul. O produto chegou a ter a venda suspensa pela Secretaria de Saúde de Porto Alegre depois que ao menos 39 pessoas relataram reações como sensação de queimadura, feridas na boca, náusea e cólicas ao ingerir a bebida.
Segundo a Companhia, o problema havia acontecido "durante o processo de higienização dos equipamentos", quando ocorreu uma falha no envasamento do produto. "Para contornar o problema, além de recolher as unidades de Toddynho do lote interditado, a PepsiCo colocou um médico à disposição dos consumidores que tiveram contato com o produto".
Leia o comunicado da empresa, na íntegra:
"Em relação à reclamação da consumidora Ângela Maria Vielle, da cidade de Joinville, Santa Catarina, a PepsiCo, fabricante dos produtos ELMA CHIPS®, esclarece que não é possível que tenha havido contaminação no processo de empacotamento na fábrica ou armazenamento na filial de vendas da empresa.
Ao tomar conhecimento da reclamação por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), a equipe de atendimento da PepsiCo prontamente dirigiu-se à residência da consumidora a fim de obter mais informações para análise. Apesar de a consumidora ter se negado a entregar a embalagem, foi possível rastrear o produto com base na numeração do lote e data.
As análises levaram em conta a documentação do sistema de Detecção de Materiais Estranhos (Raio–X)da fábrica em Itu, São Paulo, que examina de forma rigorosa todos os produtos que saem da indústria para o mercado. De acordo com as boas práticas de fabricação, nenhum produto ELMA CHIPS® é comercializado sem prévia análise do interior da embalagem. Importante enfatizar ainda que os serviços de limpeza e controle de pragas são realizados de forma criteriosa e periódica em todas as fábricas e filiais de vendas da PepsiCo no Brasil.
A PepsiCo reitera o respeito com seus consumidores nos seus mais de 50 anos de atuação no Brasil, pautado por suas ações éticas e transparentes dentro de rigoroso controle de qualidade para produção de todas as suas marcas.
A empresa permanece à disposição para eventuais esclarecimentos."
*Atualizada às 12h02 de 14 de outubro de 2011.