Marketing

Depois de Cocielo, Warren rompe contrato com Cauê Moura por tweets

Em poucos dias, segundo influenciador começa a perder marcas após descoberta de mensagens de ódio

Cauê Moura: marca rompe após tweets polêmicos (AdNews/Reprodução)

Cauê Moura: marca rompe após tweets polêmicos (AdNews/Reprodução)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 4 de julho de 2018 às 12h53.

O Twitter é famoso pela instantaneidade de sua plataforma, mas depois de Júlio Cocielo usá-lo para compartilhar racismo, a plataforma tem sido utilizada como um currículo ideológico. No cenário brasileiro, o problema para alguns youtubers começou quando Cocielo comentou que o atacante negro Mbappé conseguiria fazer “uns arrastão top na praia” pela sua velocidade.

Compartilhado no último sábado (30), o comentário foi replicado por milhares e passou a ser a derrocada do creator. Conhecido pela vida regada a benefícios por contratos com grandes marcas, o jovem de Osasco viu seu nome se tornar manchete ao mesmo tempo em que o saldo bancário diminuía, pois patrocinadores como Coca-Cola, Adidas, Submarino e Itaú romperem ligações com ele.

Com sua vida virtual revirada, diversos outros tuítes tão racistas quanto foram evidenciados e os usuários começaram a investigar a posição de alguns de seus colegas. Preocupado com a atitude, o influenciador apagou mais de 50 mil postagens no Twitter, mas outros não foram tão ágeis e começam a sofrer as consequências.

Um dos colegas de trabalho que também começam a sofrer as consequências de posições condenáveis é o comunicador digital Cauê Moura que apresentava o canal “Ilha de Barbados”. Conhecido pela sua postura provocadora, ele também começou a chamar a atenção por publicações como “se meu desprezo por fã clubes de internet pudesse ser convertido em AIDS, eu seria a África”.

Para entender melhor o tamanho dos equívocos, veja abaixo uma compilação de suas declarações:

Tweets de Cauê Moura: conteúdo polêmico e de ódio

Tweets de Cauê Moura: conteúdo polêmico e de ódio (AdNews/Divulgação)

Surpresa com o retrospecto, a startup voltada para investimentos Warren, única parceira do canal que também era comandado por Rafinha Bastos e PC Siqueira, rompeu qualquer vínculo com o youtuber. Em nota oficial, a companhia de Porto Alegre disse que “buscaram tweets racistas dele antigos e trouxeram ao ar. Repudiamos todo e qualquer discurso de ódio, de segregação, machista ou homofóbico. As pessoas precisam de amor, respeito e união. Prezamos isso como valor primordial”.

O segundo de muitos, Cocielo e Cauê Moura podem ser só a ponta de iceberg para que marcas vejam com mais cuidado as personalidades que assinam os contratos. Incansáveis, os seguidores denunciam a cada dia novas declarações condenáveis das celebridades virtuais e o horizonte é nebuloso para quem compartilhou pensamentos antiéticos.

Porém, se essa posição do mercado é passageira e qual será o desfecho de toda essa linha do tempo, só os próximos tweets poderão dizer.

Conteúdo publicado originalmente no site AdNews.

Acompanhe tudo sobre:MarcasPolêmicasTwitter

Mais de Marketing

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?

Creamy, marca de skincare, expande portfólio e entra no mercado de perfumes

O que é preciso para ser um CMO nos dias de hoje? Philip Kotler responde à EXAME