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Crítica internacional se curva a Almodóvar

"A pele que habito", do diretor espanhol, está entre os favoritos para receber a Palma de Ouro

O Daily Telegraph diz que o novo filme de Almodóvar "é o trabalho de um mestre no mais alto de sua arte" (Michael Buckner/Getty Images)

O Daily Telegraph diz que o novo filme de Almodóvar "é o trabalho de um mestre no mais alto de sua arte" (Michael Buckner/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 09h56.

Cannes - Graças às excelentes críticas internacionais, "A pele que habito", de Pedro Almodóvar, está entre os favoritos para receber a Palma de Ouro, depois das vaias a Malick e da declaração de Trier como 'persona non grata' no festival.

Os aplausos foram moderados e os risos durante a projeção em momentos dramáticos mostravam que a impressão não era unânime, mas alguns meios de comunicação internacionais já apontam que esta 64ª edição pode ser, finalmente, a de Pedro Almodóvar.

O "Daily Telegraph" diz que o novo filme do diretor: "É o trabalho de um mestre no mais alto de sua arte", enquanto a revista americana especializada em cinema "Hollywood Reporter" também se manifestou encantada com face mais lúgubre do outrora luminoso Almodóvar.

"Só alguém com tanto talento como Almodóvar poderia ter misturado esses elementos sem arruinar o filme (...) ninguém como ele é capaz de ajustar o imaginário às emoções".

Peter Bradshaw, crítico do "The Guardian", dá ao filme quatro estrelas - de um máximo de cinco - e diz que "apresenta algo hipnótico à cirurgia-pornô ascética de seu teatro cirúrgico da crueldade: o látex, o aço frio e a carne. É retorcido e insano e sua coreografia da autopossessão é magnífica".

Almodóvar também foi recebido com honras em sua segunda casa, a França. O "Le Monde" descreve "A pele que habito" como "a deslumbrante experiência do dr. Almodóvar". Embora a publicação reconheça o desconcerto pelos riscos nem sempre bem ordenados, "a maestria do diretor encoraja o espectador a reconsiderar o filme não como uma história, mas como um estranho e magnífico objeto visto pela primeira vez após tirar as vendas".

Já o "Le Figaro" é menos entusiasta e classifica o cineasta como "um Almodóvar menor" e, embora destaque a interpretação de Elena Anaya e o aspecto visual do filme, considera que tem "um roteiro totalmente confuso", que não é "habitado" pelo gênio espanhol.

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