Segundo os palestrantes, as ferramentas de comunicação online precisam ser utilizadas muito além do institucional e do comercial (Tang Chhin Sothy/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2011 às 11h04.
São Paulo - Além da propaganda tradicional, agora as empresas precisam olhar também para a plataforma digital para terem destaque no mercado e, nesse meio, ganhar relevância por conteúdo ganhou importância crucial entre as companhias.
"Gerar conteúdo no mundo com Internet virou necessidade, não escolha", diz Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan, durante seu painel no Media On, evento sobre mídia online realizado em São Paulo nesta quarta (23) e quinta-feira (24).
O executivo da montadora japonesa e Gian Martinez, diretor de inovação e criatividade da Coca-Cola, discutiram sobre como a produção de conteúdo online se tornou fundamental para as empresas.
"Conteúdo é uma necessidade de toda e qualquer empresa, é o que dá sentido a uma marca. No mercado, a diferenciação entre produtos é muito complicada, portanto o conteúdo se torna fundamental", defende Martinez, que ainda explica que tal conteúdo precisa ser "líquido", adaptável.
"Antes as marcas apareciam de forma intrusiva como os breaks de televisão, agora entram de forma genuína. O conteúdo precisa ser como a água para entrar em todas as mídias", afirmando o executivo da Coca-Cola, explicando que o líquido se "molda" à forma necessária.
Segundo os palestrantes, as ferramentas de comunicação online precisam ser utilizadas muito além do institucional e do comercial, com ofertas e promoções, e o conteúdo - muitas vezes nem da própria empresa - ganha importância para aumentar a relevância da marca junto aos consumidores.
Mídia tradicional
Apesar da explosão das redes sociais e da internet como "termômetro" do público, tanto Moreno quanto Martinez descartam que a veiculação chamada "tradicional" tenha perdido a importância. "As outras mídias offline não estão mortas, muito pelo contrário. Rádio e mídia impressa estão muito vivos, os novos formatos chegaram para complementar e não para destruir", afirma o executivo da Coca-Cola.