Marketing

Consumidor já sabe o que esperar das compras coletivas

Levantamento da e-bit mostra que setor caminha para a consolidação, mas ainda precisa se estruturar para atender a demanda e a expectativa dos clientes

Setor fatura cerca de R$ 30 milhões por semana e conta com quase 9,7 milhões de usuários (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Setor fatura cerca de R$ 30 milhões por semana e conta com quase 9,7 milhões de usuários (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 12h04.

Rio de Janeiro - Passado o boom das compras coletivas, o setor caminha para a consolidação e já mostra um amadurecimento, tanto por parte dos consumidores, como dos players. De acordo com um levantamento divulgado recentemente pela e-bit, os usuários diferenciam com clareza o papel do próprio site e dos parceiros. Os sites em que as ofertas são anunciadas, inclusive, receberam melhores avaliações que as empresas que oferecem os produtos e serviços, independente da categoria.

De acordo com o estudo, a probabilidade de o consumidor retornar ao site de compras coletivas é 10% maior que a possibilidade de ele voltar a utilizar os serviços do parceiro. Os dados mostram que, apesar de já ter avançado em direção à profissionalização, cabe ainda, principalmente às empresas que anunciam, um foco maior em planejamento e capacidade de equilibrar tanto a demanda, quanto a expectativa do consumidor.

Entre as categorias mais bem avaliadas, serviços de forma geral lideram, com uma média de 4 pontos, numa escala de 1 a 5. Dentro de serviços, Bares e Casas Noturnas e Gastronomia aparecem empatados com 4,2 pontos e um ticket médio de R$ 42,00. O índice é resultado de uma análise feita pela e-bit a partir da avaliação do site e dos serviços ou produtos, por parte dos consumidores.

Ticket médio de R$ 181

Ainda sobre as categorias, Produtos foi a que recebeu menor nota dos e-consumidores, com 3 pontos. O resultado mostra o despreparo de alguns varejistas, independente do porte da empresa. Se por um lado os pequenos não conseguem prever demanda ou cumprir prazos de entrega, do outro, os grandes parecem ainda não ter o pulso do mercado de compras coletivas.


“Há ainda uma despreparo por falta de experiência das empresas, mas também do consumidor. O Brasil não tem a cultura do cupom, como vemos nos Estados Unidos. As compras coletivas podem quebrar uma empresa ou alavancá-la”, acredita Chris Rother, diretora da e-bit.

Para aproveitar as oportunidades de um setor que fatura cerca de R$ 30 milhões por semana e conta com quase 9,7 milhões de usuários é preciso não decepcionar os consumidores, especialmente os entrantes, que ainda não conhecem a dinâmica do mercado, como é o caso da classe C.

“Hoje, o usuário e consumidor começa a perceber que parte da responsabilidade cabe a quem. O heavy user, aquele que compra pelo menos três vezes por mês, já sabe o que esperar, mas o light user tem uma percepção confusa, por isso é importante que seja bem tratado”, diz Chris.

Para a especialista, o potencial do mercado ainda deve ser muito explorado. O ticket médio de R$ 181,00 é baixo, se comparado aos R$ 373,00 alcançados pelo e-commerce em geral em 2010, mas mostra que os consumidores estão adquirindo também serviços e produtos de maior valor agregado, como viagens e pacotes aéreos.

“A tendência é muito parecida com o social commerce. Grandes indústrias estão entrando para a compra coletiva. Começaremos a ver promoções de valor mesmo e não apenas de oportunidade. As compras coletivas são parte de uma estratégia, podem tanto aumentar faturamento, como ser uma ação de marketing. São, por exemplo, uma boa forma de mudar a percepção de preço alto de um produto”, ressalta.

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