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Como as empresas de mídia estão tentando atrair novos anunciantes

Players estão desenvolvendo ferramentas próprias para captar possíveis clientes

Busca por anunciantes para financiar as operações tende a ficar mais agressiva (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Busca por anunciantes para financiar as operações tende a ficar mais agressiva (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 22 de novembro de 2024 às 20h52.

À medida que as redes de TV tradicionais mudam seu foco da transmissão linear para plataformas de streaming como Paramount+, Peacock e Disney+, grande parte do esforço se concentra em atrair anunciantes. A próxima fase do crescimento do streaming está em trazer marcas de pequeno e médio porte — empresas que tradicionalmente se mantiveram longe da publicidade na TV devido a orçamentos limitados, experiência ou recursos criativos.

Segundo reportagem do AdAge, marcas como a Backbone, que criou um controle de jogo que se conecta a smartphones, e a Kencko, fabricante de smoothies saudáveis instantâneos, estão entrando na TV pela primeira vez por meio de plataformas de compra destinadas a espelhar aquelas usadas por marcas para anunciar na Meta e no Google.

A meta para as empresas de mídia é que, à medida que a TV se torna digital, ela deve ser capaz de trazer a carga de anunciantes de plataformas digitais como a Meta e o Google, que atendem milhões de anunciantes de todos os tamanhos e, somente no terceiro trimestre deste ano, arrecadaram US$ 39,89 bilhões e US$ 65,85 bilhões em receita de anúncios, respectivamente. Isso quando comparamos aos US$ 3,35 bilhões e US$ 2,17 bilhões relatados no mesmo trimestre para a NBCUniversal e a Paramount, respectivamente.

Como tal, essas empresas de mídia, assim como outras no espaço da TV conectada, lançaram plataformas de compra de autoatendimento para seu inventário de anúncios de streaming, destinadas a espelhar a facilidade de compra no Instagram, por exemplo. O Paramount Ads Manager foi lançado no meio do ano, o Peacock Ad Manager estreou em 2022 e o Hulu Ad Manager (agora chamado Disney Campaign Manager) chegou ao mercado em 2020.

Estratégias

Na busca da Disney para automatizar 75% de seus negócios de anúncios até 2027, a empresa também pretende migrar seus maiores anunciantes e agências para comprar por meio do Disney Campaign Manager, segundo o AdAge.

Dessa forma, a Disney, a Roku e outras plataformas de autoatendimento oferecem compras por cartão de crédito e faturamento tradicional.

No ano passado, 4.200 anunciantes exclusivos compraram espaço publicitário na Disney por meio de sua plataforma de autoatendimento. Neste ano, a Disney começou a lançar o recurso globalmente e lançou o acesso ao Disney+ neste mês. Para priorizar a captura de negócios no mercado de autoatendimento, a Disney combinou suas equipes programática e de autoatendimento para criar uma equipe de automação mais ampla, que cresceu 50% este ano, de acordo com a reportagem.

Já a Roku lançou seu gerenciador de anúncios em setembro após um ano em testes, e a Netflix anunciou planos de lançar uma plataforma de compra interna no ano que vem.

Com o lançamento de anúncios no Prime Video neste ano, a Amazon também atualizou seu DSP com mais opções para profissionais de marketing de PMEs que buscam entrar no streaming.

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