Marketing

Coca-Cola, Google e Apple são as mais presentes na internet

Empresas lideram o ranking da E-Consulting que mede o nível de interatividade na web

Coca-Cola: comunidade de consumidores acostumados a interagir (Getty Images)

Coca-Cola: comunidade de consumidores acostumados a interagir (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 16h04.

Rio de Janeiro - Coca-Cola, Google, Apple, Fiat e Natura são as empresas que mais interagem com os brasileiros na internet. É o que indica o Ranking de Presença Online, realizado pela E-Consulting em parceria com o TechLab, do Grupo ECC, que mapeou a atuação de 121 das maiores companhias do país em sites como Google, Twitter, Facebook, Orkut, Youtube, LinkedIn e ReclameAqui.

Aparecem ainda na lista, em ordem decrescente, Ford, Volkswagen, Nokia, TV Record, IBM, Petrobras, Microsoft, Toyota, Motorola e Tam.

Para conquistarem as principais colocações, as companhias têm um ponto em comum: souberam aproveitar os recursos oferecidos pela web e não pouparam esforços para utilizar os canais da maneira mais eficiente.

“Provavelmente, as empresas que lideram a lista têm serviços que são objeto de interesse de compartilhamento, marcas ou produtos envolvidos em temas atrativos, como sustentabilidade, música ou religião. Historicamente, algumas também têm uma comunidade de pessoas acostumadas a interagir, como é o caso da Coca-Cola”, explica Daniel Domeneghetti, sócio-fundador da E-Consulting e coordenador do estudo.

Não basta ser gratuito

O levantamento realizado no primeiro trimestre de 2011 teve como objetivo avaliar a presença, capilaridade, atuação e reputação das empresas, descartando canais próprios.

A ideia era deixar de lado a informação primária, feita em canais oficiais e avaliar apenas a repercussão a partir da interação dos usuários. Para isso, todos os ambientes proprietários e não-colaborativos foram desconsiderados.

“Foi observada a multicanalidade não-proprietária das companhias. Muitas empresas com alta insidência na web ficaram de fora por não serem comentadas pelos internautas. O estudo também não levou em consideração se a presença era positiva ou negativa”, conta Domeneghetti.

Para as companhias que desejam seguir os passos de ícones como Coca-Cola, Google e Apple e estar presentes no ambiente online de forma relevante, há alguns pontos a serem considerados.


Ainda que plataformas como as redes sociais sejam gratuitas, é necessário um investimento em projetos, equipes e infraestrutura para que os objetivos sejam alcançados.

Cuidado com o excesso de canais

Conhecer a fundo os consumidores também é importante para que as ações sejam efetivas. Não adianta achar que o público é homogêneo e se comporta de maneira semelhante. As iniciativas das empresas devem ser adequadas aos diferentes perfis de internautas.

A aproximação exige ainda que as companhias assumam suas causas e mostrem sua “cara”. Para isso, nada melhor do que compartilhar conteúdo relevante, capaz de conectar a empresa aos stakeholders.

O ponto fundamental, no entanto, é ter a certeza de que – querendo ou não – as pessoas estão falando sobre as empresas na internet.

Não adianta ignorar ou, muito menos, querer controlar e censurar os internautas. Por outro lado, apelar para todos os canais possíveis pode ser um tiro no pé.

“Há dois grandes erros das empresas. Um deles é o excesso de canais. A escolha de canais tem que ter finalidades claras. Outra falha comum é a incapacidade de compreender o público, fazendo com que os consumidores ignorem ou, pior, rejeitem a empresa. As companhias devem acessar os consumidores pelo melhor canal, com a melhor mensagem e no melhor momento”, diz o coordenador do ranking da E-Consulting.

Por que os líderes são líderes?

"There's no such thing as a free lunch"
As plataformas podem ser gratuitas, mas objetivos com as redes sociais só são alcançados por meio de investimentos em projetos, pessoas e infraestrutura


Reconhecem a importância de segmentação
Reconheça os diferentes "chapéus" do consumidor 2.0. Não assuma que os consumidores têm um perfil homogêneo.

Prazer, meu nome é FULANO!
Assuma suas causas, bandeiras e temas e não esqueça o "Sociais" em "Redes sociais". Mostre sua cara, seu nome e sua pátria

Participar não é uma opção
As pessoas falarão sobre a empresa e suas marcas, quer você queira, quer não. Aprender a lidar com isso não significa ignorar e tampouco querer controlar e censurar.

Para quem não sabe para onde ir...
Empresas vencedoras têm plano de negócios, plano de marketing, objetivos, orçamento e estrutura para gerenciar a presença em suas redes sociais.

O conteúdo é cada vez mais importante. Não o SPAM!
O objetivo é conectar-se e relacionar-se com seus stakeholders e nada melhor do que compartilhar conteúdo relevante. Redes sociais não são canal para spam.

Calma!
Ok, os números de audiência do Twitter podem até crescer rápido, mas o verdadeiro ROI irá tomar tempo.

Cuidado com o CTRL+C e CTRL+V
Redes sociais são um meio distinto dos meios offline. Cuidado ao reutilizar suas campanhas offline em meios digitais

O consumidor é o rei. Aqui também!
Lembre-se: o objetivo é se relacionar e engajar seus consumidores. Tenha em mente as necessidades, desejos e expectativas deles.

Logotipos não criam relacionamentos
Não se esconda atrás do logo de sua empresa para sempre.

Leve um guarda chuva na bolsa. Pode chover...
Desenvolva e implemente um sólido plano de Governança de TI e internet. Estabeleça guidelines, embaixadores e limites.

Acompanhe tudo sobre:estrategias-de-marketingInternetMarcasRedes sociais

Mais de Marketing

Burger King e Mari Maria lançam glosses com aromas inspirados em itens do cardápio

Casa da Asics em São Paulo já realizou mais de 20 mil encontros com corredores

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?