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Catar cria 'Nobel' da educação no valor de US$ 500 mil

Anúncios de impacto estão virando rotina no minúsculo país do Golfo Pérsico, dono da terceira maior reserva de gás natural do mundo

A Qatar Foundation é capitaneada pela xeica Mozah Bint Nasser Al Missed (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

A Qatar Foundation é capitaneada pela xeica Mozah Bint Nasser Al Missed (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 15h40.

Doha - A Qatar Foundation - braço educacional e científico do governo do Catar - vai conceder a partir de 2011 o “Nobel” da educação, um prêmio de US$ 500 mil para o responsável por projetos ou políticas que sirvam de modelo em escala mundial.

O anúncio da premiação, batizada de Wise International Award on Education, marcou o encerramento de um encontro sobre educação que reuniu 1,2 mil pessoas de mais de cem países em Doha, capital do Catar, na semana passada.

Anúncios de impacto estão virando rotina no minúsculo país do Golfo Pérsico, dono da terceira maior reserva de gás natural do mundo. Há duas semanas, a Fifa definiu o Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.

Na sexta-feira, a Qatar Foundation, capitaneada pela xeica Mozah Bint Nasser Al Missed, segunda das três mulheres do Emir do Catar e rainha de fato do país, causou furor com outro lance espetacular de marketing: pagará US$ 200 milhões ao Barcelona para ter seu logotipo na camisa do clube catalão, que nunca antes tinha aceitado patrocinador.

O senso de marketing também esteve presente na quinta-feira, no Hotel Sheraton de Doha, na divulgação do “Nobel da Educação”. A alusão ao Nobel foi reforçada com depoimentos de dirigentes de instituições de ensino, a maioria delas ocidentais, e de organismos multilaterais, exibidos em um telão.

“Já há iniciativas que reconhecem os responsáveis por avanços em áreas como física, matemática e medicina, mas não na educação”, disse o americano J. Michael Adams, recém-eleito presidente da Associação Internacional de Presidentes de Universidades.

Pouco antes, o economista da Universidade Columbia, Jeffrey Sachs, tinha ocupado o telão para falar da importância de se investir na formação de jovens e para saudar a liderança da xeica Mozah - raro exemplo de celebridade da realeza mundial que fala de igual para igual com PhDs e conquistou reconhecimento por seu compromisso com a educação - no esforço para atingir as Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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