Anúncios de despedida do governo Lula exaltam o "Brasil de todos" (Ricardo Stuckert/Presidência da República)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2010 às 08h27.
São Paulo - A campanha publicitária de “despedida” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Presidência custou R$ 20 milhões. Com um novo slogan - “Estamos vivendo o Brasil de todos” -, a propaganda em rádio, TV, jornais e revistas fala sobre o crescimento econômico dos últimos anos e ressalta números sobre redução da desigualdade social. As peças publicitárias começaram a ser exibidas em dezembro e, de acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), estão sendo divulgadas em 325 veículos de comunicação pelo País.
“Comida na mesa, carteira assinada, crianças na escola, vida no rumo. Estamos vivendo o Brasil de todos”, diz uma das duas propagandas veiculadas em revistas. Na outra peça, o texto afirma: “Está no número, está no dia a dia dos brasileiros. Estamos vivendo o Brasil de todos.” Segundo a Secom, o novo slogan “Estamos vivendo um Brasil de todos” é uma “evolução do conceito” anterior “Estamos vivendo um novo Brasil”. A campanha foi feita pelas agências Propeg e Matisse, duas das três que detêm a conta da secretaria.
A verba para publicidade institucional da Presidência, que tem como objetivo divulgar ações e projetos do governo federal, foi orçada em R$ 167 milhões neste ano. Segundo o sistema de execução orçamentária das contas do governo federal, até agora já foram empenhados (comprometidos) R$ 165 milhões. Em todo o ano passado, foram usados cerca de R$ 159 milhões com esse mesmo tipo de propaganda.
Gastos
Segundo dados da Secom, foi gasto, até a primeira semana de dezembro, R$ 1,1 bilhão com propaganda em mídia da administração direta e indireta do governo federal - no ano passado foi R$ 1,6 bilhão. O total não inclui publicidade legal (divulgação de balanços), gastos com produção de comerciais e eventos. Procurada pela reportagem, a Secom alegou que, nesta semana, divulgará balanço sobre investimentos em publicidade e, por isso não comentaria os gastos na área. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.