Executiva: a ideia foi criar nada mais que uma calcinha com uma réplica do órgão genital masculino para que as mulheres pudessem simular o "volume" que as diferencia dos homens (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2016 às 12h36.
Uma frase atribuída ao dramaturgo alemão Bertolt Brecht questiona "que tempos são estes em que temos que defender o óbvio?".
A citação provavelmente foi dita no século passado, período em que viveu o poeta, mas ainda se faz completamente atual.
Uma das obviedades que mais temos que discutir e defender ainda hoje é a equidade de gênero, sobretudo no mercado de trabalho.
Por mais avesso às teorias feministas que se possa ser não há como ir contra a realidade: as mulheres ainda vivem em plena desvantagem com relação aos homens em termos de oportunidades.
Para ilustrar, historicamente, é como se os seres humanos do sexo feminino tivessem largado a algumas milhas de distância dos homens na corrida por direitos e privilégios como o acesso à educação e ao trabalho, por exemplo.
Diante de um cenário ainda muito desigual, se faz necessário que o próprio mercado comece a desenhar uma nova realidade e às vezes, para isso, precisamos tocar na ferida e deixar de lado os eufemismos para levantar o debate.
É o que faz a fundação Young Minds for Gender Equality Foundation.
Com a ajuda da DDB Nova Iorque, a organização criou uma campanha que propõe a "solução" para o problema da desigualdade de gênero no âmbito trabalhista.
A ideia foi criar nada mais que uma calcinha com uma réplica do órgão genital masculino para que as mulheres pudessem simular o "volume" que as diferencia dos homens e que, aparentemente, tem grande importância para o mercado.
No filme da campanha, o executivo apresenta o produto com um discurso carregado de ironia que faz refletir sobre como este "pequeno" detalhe ainda faz toda a diferença no mundo dos negócios.
Confira abaixo: