Marketing

C13 pede para Cade acompanhar acordos da Globo com clubes

Entidade recorre ao organismo antitruste para que o acordo feito em outubro do ano passado entre o C13 e a Globo seja mantido

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 14h33.

São Paulo - Comentaristas e repórteres esportivos sempre se referem ao noticiário dos bastidores do futebol, com dirigentes ocupando o lugar dos protagonistas do esporte, os jogadores, como a pior parte da atividade. Com o imbróglio instalado sobre os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro entre 2012 e 2014, a pauta deixa de contemplar o drible desconcertante de Rivaldo para abrir lugar para presidentes de clubes, emissoras de televisão, C13 (Clube dos 13) e o Cade (Conselho Admnistrativo de Defesa da Economia).

Nesta quarta-feira (2), a Rede Globo de Televisão, que detém os direitos de transmissão do Brasileirão desde 1987, publicou comunicado de página inteira nos principais jornais do País para se posicionar sobre a concorrência. "As exigências e modificações nos conteúdos das diversas plataformas de mídia, contidas na carta convite do Clube dos 13, importam na desestruturação de um projeto complexo, que foi construído ao longo dos últimos 13 anos", diz trecho do documento.

Na semana passada a Rede Globo emitiu nota na qual oficializva sua saída da disputa pelo modo de leilão, mesmo com 10% de vantagem sobre seus concorres. Isso lhe garantiria o direito do lance mínimo de R$ 500 milhões, apena para TV aberta. Para a Record ou a Rede TV!, por exemplo, levarem vantagem teriam que propor R$ 550 milhões. Talvez a Globo tenha se antecipado à decisão do Cade de retirar esse privilégio, natural para um organismo antitruste. O mínimo proposto pelo C13 no edital é de R$ 500 milhões. Pela temporada 2011 a Globo pagou R$ 250 milhões.

O presidente do C13, Fábio Koff e o diretor-executivo da entidade, Ataíde Gil Guerreiro, tiveram reunião em Brasília nesta terça-feira (1) com Fernando Furlan, recém empossado presidente do Cade, e o procurador-geral da instituição, Gilvandro Araújo. Eles pediram ajuda à entidade para que o acordo feito em outubro do ano passado entre o C13 e a Globo, que oficializou a concorrência, seja mantido. A Globo reitera posição de deixar a licitação pública e de validar sua intenção de negociar os direitos diretamente com os clubes, como acontece em alguns países da Europa. O Corinthians, que garante as maiores audiências nas suas transmissões, promete negociar "diretamente" com a Globo, tendência que deve ser seguida por vários clubes.

Uma fonte do propmark diz que as negociações individuais podem ser vantajosas. Ele cita o exemplo do Comercial de Campo Maior, do Piauí, que arrecadou cerca de R$ 1 milhão apenas em dois jogos com o Palmeiras pela Copa do Brasil, valor que não conseguiria pelos trâmites normais em três anos. "Com a visibilidade, conseguiu patrocínio do clube de inglês Fisk apenas para a partida que será transmitida pela Globo nesta noite para todo o País.

"A Rede Globo se sente impedida de participar da referida licitação, e manterá contato com os clubes para negociar a aquisição dos direitos. Assim, acreditamos que será adequadamente observada a importância da TV aberta, como meio de comunicação gratuíto e de maior abrangência/audiência nacional, e privilegiada a parte mais importante do Projeto Futebol: o torcedor brasileiro", diz o trecho final do comunicado da Globo.

Acompanhe tudo sobre:EsportesFutebolImagemTelevisãoTV

Mais de Marketing

Burger King e Mari Maria lançam glosses com aromas inspirados em itens do cardápio

Casa da Asics em São Paulo já realizou mais de 20 mil encontros com corredores

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?