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"Brigar com a Netflix é um retrocesso", defende especialista

No Brasil, o serviço vem gerando polêmica e desagradando as redes de TV por assinatura


	Sede da Netflix: no Brasil, o serviço vem gerando polêmica e desagradando as redes de TV por assinatura
 (Bloomberg)

Sede da Netflix: no Brasil, o serviço vem gerando polêmica e desagradando as redes de TV por assinatura (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 11h00.

O Netflix é um sucesso na área de distribuição de conteúdo, presente em mais de 130 países, criando "uma rede mundial de televisão".

No Brasil, o serviço vem gerando polêmica e desagradando as redes de TV por assinatura, que entre julho e novembro de 2015 perderam mais de meio milhão de assinantes, colocando o streaming como principal motivador desse quadro.

Diante do cenário, as operadoras passaram a reinvidicaar, entre outras ações, que a Ancine exija da Netflix o pagamento de taxa em torno de R$ 3 mil por cada filme do catálogo.

O assunto, como tudo que gera discussão, divide opiniões. Para o especialista em marketing Gabriel Rossi, "brigar com a Netflix é um retrocesso e não terá resultado".

O estrategista acredita que a saída não está nos serviços de assinatura buscarem taxações e exigirem uma regulamentação do sistema, como a briga entre os taxistas e o Uber.

"As operadoras precisam repensar a forma em que o conteúdo é distribuído. É fundamental procurar um modo de diferenciar suas atrações de ponto de vista mercadológico", avalia.

Rossi destaca que a postura das operadoras é de um "cartel" indo contra o mercado.

"Está claro que as questões mercadológicas, culturais e tecnológicas favorecem a Netflix. Temos a classe média consolidando o serviço como sua principal fonte de conteúdo, o que torna o streaming mais forte e escancara a baixa reputação das TVs por Assinatura. O consumidor não quer mais pagar por isso".

Segundo o especialista, o mercado está diante de um modelo de distribuição de conteúdo que deu muito certo, pois vai ao encontro do que o consumidor moderno busca.

"Liberdade e autonomia para escolher aquilo que deseja consumir, onde e como quiser, sem estar preso e atrelado ao sistema quadrado de uma grade de horário. É fundamental agregar valor ao consumidor, que sempre quer ser surpreendido", comenta Rossi, lembrando o surgimento dos "Filhos do Netflix" no Brasil, com as ações das startups tupiniquins Nuuvem, que está para lançar o "Netflix dos Games", e a Social Comics com "o Netflix dos Quadrinhos", este já disponível.

E você, o que pensa sobre a briga das operadoras com os serviços de streaming? Compartilhe sua opinião conosco através dos comentários.

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