A partir desta quinta-feira a empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão será conhecida apenas por três letras: BRF (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - Todas as fábricas, centros de distribuição e escritórios de uma das maiores empresas de alimentos do mundo pararam na manhã de quarta-feira. Cerca de 50 mil pessoas assistiram a uma transmissão via satélite em que o presidente da companhia, José Antonio do Prado Fay, anunciava que o nome Brasil Foods acabou.
A partir desta quinta-feira a empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão será conhecida apenas por três letras: BRF.
A BRF também mudou o logo e decidiu investir em sua marca corporativa, a exemplo do que fizeram outras gigantes como Unilever, Procter & Gamble e Ambev.
Dentro da companhia, a mudança é vista como o ponto final da fusão, anunciada em maio de 2009, e que enfrentou um desgastante processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A construção da nova marca corporativa começou com a contratação da consultoria Interbrands em setembro de 2011, logo depois da aprovação do negócio pelo Cade, mas só chega ao mercado agora, após a BRF vender o equivalente a R$ 3,5 bilhões em faturamento para o Marfrig por imposição do governo e incorporar a Sadia em dezembro do ano passado.
A BRF está gastando R$ 3 milhões no lançamento da marca corporativa com propagandas na mídia impressa e outdoors, investimento pequeno perto dos R$ 400 milhões anuais de verba de marketing.
Num primeiro momento, a BRF vai se apropriar da força das marcas dos produtos. Depois é ela que vai emprestar força aos novos lançamentos, disse Wilson de Mello Neto, diretor de assuntos corporativos da empresa.
A rivalidade entre Perdigão e Sadia foi um dos desafios da fusão. Basta lembrar que, uma semana após o anúncio do negócio, dois funcionários saíram no tapa em um supermercado em Jundiaí, interior de São Paulo, por mais espaço na gôndola. Em 2013, a BRF funcionará pela primeira vez como uma só empresa.