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Bombril retira do mercado produto associado ao racismo

Os internautas acusaram a marca de ignorar os protestos antirracistas ao associar o produto "Krespinha" com os cabelos crespos

Krespinha: produto da Bombril  (Twitter/Reprodução)

Krespinha: produto da Bombril (Twitter/Reprodução)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 17 de junho de 2020 às 09h46.

Última atualização em 17 de junho de 2020 às 17h19.

A fabricante de produtos de limpeza Bombril  se envolveu em polêmica nas redes sociais por conta do produto "krespinha".

Os internautas acusaram a marca de ignorar os protestos antirracistas que acontecem ao redor do mundo ao associar o produto com os cabelos crespos. Nesta manhã, a hashtag #BombrilRacista já era uma das mais utilizadas no Twitter. 

A campanha também foi comparada com uma de 1952. Na propaganda uma menina negra aparecia ao lado da esponja. 

Uma usuária do Twitter pontuou: "Sabemos muito bem que associações racistas entre o cabelo crespo e os produtos da marca são recorrentes, e alguém resolver transformar tudo isso em campanha de marketing é, no mínimo, uma falta de bom senso gigantesca". 

Outra disse que: "Em 1952, uma esponja de nome idêntico era vendida no país e usava o desenho de uma menina negra em seus anúncios. Alheia aos crescentes debates sobre racismo, a @BombrilOficial resolveu relançar o produto". 

Nas redes sociais da marca não há peça publicitária recente com o produto. A empresa se posicionou no fim dessa tarde e afirmou que retira o produto do portfólio, não sendo ele uma novidade, como afirmou parte dos internautas. E completou "não há mais espaço para manifestações de preconceito".

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