Comércio eletrônico foi o principal canal de compras da Black Friday deste ano, com faturamento de R$ 3,2 bilhões (Manaure Quintero/Reuters)
Os gastos com campanhas nas redes sociais no mês de novembro, visando especialmente a Black Friday, cresceram 39,2%, em comparação com as demais datas sazonais do varejo de 2019, revela o estudo BlackInsights, que analisou mais de 5 mil ações de marketing no Facebook, Instagram e nas redes do Google.
Feito pela Keep.i, plataforma de integração de dados para gestão de canais digitais, e a Zeeng, empresa de Big Data voltada para o setor de marketing e comunicação, os números reforçam a importância do canal mobile nas estratégias de vendas para a data: 72% dos acessos foram realizados por celulares.
Em novembro, o Facebook gerou o maior volume de impressões ao representar 44,9% do monitoramento, seguido por Instagram (38,6%) e a rede de display do Google (8,7%).
A taxa de cliques média (CTR) foi de 0,5% nesses 30 dias, enquanto o custo médio por clique (CPC) foi de R$ 0,71 em novembro, alta de 6% em comparação com os meses anteriores à data. O custo por mil impressões (CPM) teve aumento ao longo do mês e foi até 97% maior no dia da Black Friday, em comparação com outras datas do ano.
O CEO da Keep.i, Roberto Matos, avalia que as marcas atuaram de forma "inteligente" com suas campanhas. "A exibição de ofertas predominou até a metade do mês, com ações muito focadas em levar os usuários a se cadastrarem nas promoções exclusivas em seus canais proprietários (sites e apps). Na semana da Black Friday, as campanhas se concentraram em entregar os melhores produtos e promoções na própria sexta-feira", explica Matos.
Os dados vão de encontro aos resultados divulgados pela EbitNielsen: o comércio eletrônico foi o principal canal de compras da Black Friday deste ano, com faturamento de R$ 3,2 bilhões. Mais da metade desse valor veio por meio do mobile, que gerou vendas de R$ 1,7 bilhão.