Bares: o presidente Michel Temer é quem vai bater o martelo sobre a questão (kazoka30/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de setembro de 2017 às 14h10.
Última atualização em 22 de setembro de 2017 às 15h11.
São Paulo - Os bares e restaurantes planejam fazer uma campanha para defender a continuidade do horário de verão. Após a conclusão de estudos que mostram que a medida não proporciona economia de energia, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu encaminhar a questão para instâncias superiores e o governo federal agora planeja fazer uma enquete para decidir se o País continuará tendo horário de verão.
"O nosso setor sempre achou que o horário de verão fosse algo positivo. O movimento em bares aumenta 20% no verão, nos restaurantes, 10%. A gente não pode esquecer que quase todo mundo tem medo de sair à noite, e antecipar o horário sempre dá uma sensação maior de segurança", disse Percival Maricato, presidente da Abrasel-SP, entidade do setor.
A continuidade do horário de verão será uma decisão da Presidência da República. Prevendo polêmica, já que o assunto divide opiniões e tem amantes e detratores, o governo estuda fazer uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou dar um posicionamento prévio. O presidente Michel Temer é quem vai bater o martelo sobre a questão, segundo apurou o Broadcast. Se vigorar neste ano, o horário de verão começa em 15 de outubro e termina no dia 17 de fevereiro.
Os bares e restaurantes já fizeram campanhas para aumentar o movimento de clientes durante os meses de verão e agora devem retomar a proposta, oferecendo descontos para quem frequentar os estabelecimentos mais cedo.
A campanha pretende mostrar às pessoas que é saudável e agradável sair mais cedo para os bares, além de mais seguro. A questão de segurança também será lembrada. A Lei Seca, por exemplo, flagra os motoristas que bebem e dirigem. Sair mais cedo dos bares e restaurantes facilita o acesso ao transporte público.