Do revolucionário "Subservient Chicken", da Crispin Porter Bogusky para Burger King, a trabalhos da Nike, ações mostram como usar o digital de forma poderosa
O digital bem usado (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 15h24.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h37.
São Paulo - A convite do site One Club, renomados diretores de criação do mundo escolheram os melhores trabalhos interativos da década. Em torno de 75 peças foram escolhidas para o julgamento, cujo critério analisava a capacidade de interação das campanhas e o impressionante apelo visual.
Do revolucionário "Subservient Chicken", da Crispin Porter Bogusky para Burger King, a trabalhos da Nike e da Fiat, as propagandas mostram como usar o digital de forma poderosa e, por isso, estão entre as top 10.
São Paulo - O ranking é dominado pela Crispin Porter Bogusky, que em 2005 criou o Subservient, uma galinha gigante que fazia o que lhe fosse mandado.
Aproveitando a campanha que foi para a TV, a agência criou a webcam Subservient Chicken, que permitia aos usuários dar ordens ao frango em tempo real, o que, segundo a One Club, "se tornou um fenômeno genuíno e redefiniu a publicidade interactiva".
São Paulo - O projeto "Nike Plus", criado em 2007 pela agência R/GA para a Nike, deu à marca o terceiro lugar da lista. A ideia foi instalar nos tênis da Nike um sensor que coletava dados sobre trilhas e transmitia diretamente para um iPod, conectado com o site nikeplus.com.
A plataforma digital permite que os usuários definam metas, comparem corridas e se conectem com comunidades de corredores.
São Paulo - A Uniqlock, popular cadeia de vestuário japonesa, viu a agência Projector criar em 2008 um widget chamado "Uniqlock". A ação apresentava coreografias, um relógio, música cativante e um utilitário de tempo. "Sua personalidade excêntrica e execução rítmica única capturaram a imaginação dos consumidores em todo o mundo", comenta a One Club.
São Paulo - A agência Crispin Porter Bogusky aparece novamente na quinta posição, com outra criação para o Burger King, o "Whopper Sacrifice", de 2009. A ideia era simples. Os usuários do Facebook receberam uma oferta: "retire 10 pessoas da sua lista e você receberá um Whopper gratuitamente". 233.906 pessoas foram "sacrificados" em apenas 10 dias.
São Paulo - Em "Chalkbot", campanha criada neste ano pela Wieden Kennedy para a LiveStrong Foundation, uma máquina traseira foi parafusada a um caminhão. O veículo circulou pelo Tour da França escrevendo mensagens para os ciclistas que passariam por ali. Os mais de 36 mil recados foram enviadas por usuários de redes sociais.
São Paulo - "Dream Kitchens", da IKEA, foi criada em 2006 pela agência Forsman & Bodenfors. A campanha trata-se de um showroom online que permitia que visitantes passeassem com um caminho através de cozinhas em 3D construídas para cada gosto e estilo, oferecendo uma tela de cinema para explorar produtos da marca.
São Paulo - Em 2009, a agência AKQA criou para a Fiat a ação "Eco Drive", baseada em conceitos de sustentabilidade e consumo consciente. Depois de baixar o aplicativo eco:Drive para o computador, o usuário conectava um pendrive em seu Fiat e conseguia registrar e analisar sua aceleração, desaceleração, mudanças de velocidade e a própria velocidade. Isto lhes permitia calcular a quilometragem total, CO2 produzidos e outras métricas de condução. A partir dessas métricas, eram criados filmes que explicavam os maus hábitos do motorista e lhe dava conselhos sobre como melhorar.
São Paulo - Na ação "HBO Voyeur", criado em 2008 pela BBDO para o canal de TV por assinatura, a interatividade permitia aos usuários movimentarem-se de uma janela para outra, de história em história. Além disso, havia também a possibilidade de pausa para rever cenas ou de mudar a trilha sonora para criar um novo estado de espírito no que estava sendo exibido.
Em 2007, a Ogilvy criou para a Dove, marca da linha de higiene pessoal e beleza da Unilever o "Dove Evolution". No vídeo, que rapidamente alcançou visibilidade mundial, a agência mostrava uma modelo da aparência normal até se transformar em "garota propaganda". O viral incentivava mães a se envolverem com os workshops Dove Self Esteem. Tamanha a popularidade, a campanha gerou diversas paródias e versões alternativas. Em cerca de seis meses, as brincadeiras receberam, sozinhas, em torno de 5 milhões de cliques no Youtube. A mais famosa, chamada de Slob Evolution, foi filmada com um garoto e mostrava o caminho inverso da ação da Dove.
Em entrevista à EXAME, Mia Nygren detalha como a plataforma, há dez anos no mercado brasileiro, busca equilibrar preço, experiência do usuário e novas tecnologias para continuar sua expansão