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Anunciantes japoneses tiram publicidade do ar

Mercado não retomou atividades; TVs dedicam sua transmissão a serviços de auxílio às vítimas

Bartlett: "Consolo é que em Tóquio os estragos não foram tão grandes" (Koichi Kamoshida/Getty Images)

Bartlett: "Consolo é que em Tóquio os estragos não foram tão grandes" (Koichi Kamoshida/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 12h23.

São Paulo - Não houve expediente na I&S BBDO de Tóquio e em boa parte das agências de publicidade no primeiro dia útil após o terremoto. Glenn Bartlett, diretor de criação senior da agência, passou o final de semana assombrado por novos tremores mais leves, porém constantes, e fazendo contato com parentes e amigos através das redes sociais. 

Ele conta que viveu os momentos mais assustadores da sua vida na última sexta-feira, e que a partir de hoje é que o mercado de propaganda deverá começar a sentir o verdadeiro impacto do ocorrido.

Seu consolo é que em Tóquio os estragos não foram tão grandes, e a tecnologia das construções ajudou a manter a maior parte delas em pé - inclusive o grande prédio onde fica a BBDO japonesa.

Segundo ele, a internet não foi cortada nem as linhas de celular ou telefonia, mas houve uma corrida nas lojas de conveniência, que rapidamente ficaram desabastecidas, além de corte das linhas de cartão de crédito para pagamentos. "A TV japonesa não exibe qualquer publicidade pois está 24 horas transmitindo serviços para ajudar as vítimas. Não haverá trabalho pelo menos até quarta-feira", disse Bartlett.

Segundo ele, ninguém na BBDO japonesa se machucou, e o escritório de Sendai foi fechado, porém ninguém da equipe se perdeu ou foi ferido. Toda a propaganda de clientes foi voluntáriamente retirada do ar para dar lugar a mensagens de ajuda e serviços. "A questão nuclear e a perspectiva de um novo terremoto de grandes proporções na quinta-feira é que estão nos preocupando e chocando. Creio que os efeitos de longo prazo de tudo o que está acontecendo serão muitos", conclui o criativo.

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