Deborah Rodrigues, sócia e head de comunicação institucional da Cogna Educação (Divulgação/Cogna Educação)
Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais
Publicado em 2 de maio de 2024 às 05h30.
A Anhanguera, instituição de ensino da Cogna Educação, está recrutando criadores de conteúdo com mais de 30 mil seguidores para a segunda edição do Minha Jornada, programa de influenciadores que prevê, entre outros benefícios, bolsa de estudos e possibilidade de remuneração aos participantes (veja mais abaixo).
A iniciativa estreou em julho do ano passado, quando recebeu 2 mil inscritos para a primeira fase. O objetivo do projeto é aumentar o engajamento da instituição junto ao seu público-alvo, de forma criatiava e humanizada, por meio do chamado marketing de influência.
Segundo levantamento do Goldman Sachs Research, esse mercado já movimenta 250 bilhões de dólares globalmente, o que tem feito empresas de segmentos diversos buscarem parcerias com influenciadores na tentativa, entre outros, de aumentar awareness (conhecimento de marca). Esse é o caso, por exemplo, de Hope, Fini e AliExpress.
“Vimos no Minha Jornada a possibilidadede de alcançar novas pessoas, a partir de conteúdos de rotina e dicas de estudos que são compartilhadas pelos próprios influenciadores participantes", explica Deborah Rodrigues, sócia e head de comunicação institucional da Cogna Educação. "Não buscamos publi. Queremos creators que acreditem no poder da educação para transformar a própria vida e a de outras pessoas", complementa.
Atualmente, a Anhanguera mantem parceria com 40 influenciadores de diversas regiões do Brasil, a exemplo de Juliana Silva (@0juliiana), Layane Pereira (@lalalouca_) e Leticia Fabbri (@leticiafabbri). "A maioria está cursando o ensino superior pela primeira vez", afirma Rodrigues, que pretende selecionar 60 novos nomes de diferentes regiões do país, tendo em vista que a instituição também oferece ensino à distância.
Os interessados em participar do programa Minha Jornada devem ter uma conta ativa no Instagram, TikTok ou Youtube, com mais de 30 mil seguidores em uma das plataformas. A seleção leva em consideração ainda aspectos como diversidade, engajamento e alinhamento com os princípios da marca. As inscrições devem ser feitas nesse site.
"É um pouco mais complexo, eu diria, do que os projetos de influência feitos por marcas de consumo ou produto. Aqui, a gente precisa que o creator queira de fato estudar. E quando falamos em ensino superior, trata-se de um projeto de longo prazo, o que torna mais difícil identificar quem são esses influenciadores", destaca a head de comunicação.
Para isso, a executiva conta com o apoio de um time interno e de uma platorma que realiza diversas análises qualitativas dos perfis dos candidatos, como taxa de engajamento, se os seguidores são comprados, assuntos das postagens e tom de voz.
Os escolhidos recebem uma bolsa de estudo integral na Anhanguera para cursos de graduação, pós-graduação, profissionalizantes ou técnicos, além de uma remuneração por matrícula convertida por meio de conteúdos compartilhados em suas redes sociais.Outros benefícios incluem ainda: treinamentos junto às plataformas digitais, como Meta ou TikTok; menções nas redes sociais das marcas da Cogna Educação; impulsionamento dos melhores conteúdos produzidos; e participação em eventos internos da instituição.
Em contrapartida, os influenciadores devem compartilhar uma quantidade mínima de conteúdos sobre educação em suas rede sociais. Segundo a executiva, o número varia de acordo com cada negociação de parceria, mas os influenciadores têm total autonomia para escolher o tipo de produção, formato e rede em que deseja publicar.
"Montamos um passo a passo no qual explicamos sobre a instiuição, o curso que ele irá fazer, os fluxos e processos de trabalho e recorrência de postagens. Também temos uma comunidade de apoio no WhatsApp para troca de informações e ideias", explica.
Desde julho do ano passado, quando o programa estreou, foram produzidos cerca de 1300 conteúdos por parte do creators, os quais impactaram 2 milhões de pessoas e geraram mais de 18 mil acessos no site da Anhanguera.
"O primeiro ano foi de aprendizados. Agora, estamos colocando esse olhar de performance com a análise de conversão em matrícula. O objetivo primário ainda é a construção de marca e reputação. Diversos estudos mostram que ter um influenciador como nosso consumidor e falando bem da marca é muito mais poderoso do que realizar uma campanha ou contratar um garoto propaganda", afirma Rodrigues, que não informa o investimento do programa, mas destaca que o valor é inferior a uma campanha publicitária.
“O influenciador mostrando em suas redes sociais como está sendo sua experiência em um dos nossos cursos e curiosidades da futura área de atuação tem um impacto promissor para despertar em uma pessoa o interesse em realizar uma jornada educacional na instituição. Esse é o poder do marketing de influência”, finaliza.