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Always:1 a cada 4 mulheres faltou a aula por não poder comprar absorvente

Pesquisa encomendada pela marca Always faz parte da campanha #MeninaAjudaMenina, pelo Fim da Pobreza Menstrual

Pesquisa inédita encomendada por Always indica que a pobreza menstrual gera 14 milhões de faltas entre as estudantes e impacta 5,5 milhões de brasileiras no mercado de trabalho por ano (iStock/Thinkstock)

Pesquisa inédita encomendada por Always indica que a pobreza menstrual gera 14 milhões de faltas entre as estudantes e impacta 5,5 milhões de brasileiras no mercado de trabalho por ano (iStock/Thinkstock)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 3 de maio de 2021 às 12h58.

A marca de cuidado íntimo Always, da fabricante de bens de consumo P&G, lança hoje a campanha #MeninaAjudaMenina, pelo Fim da Pobreza Menstrual, que busca abrir mais espaço para a discussão sobre a falta de acesso à produtos de higiene durante o período menstrual, além de contribuir junto à sociedade para dar a todas a oportunidade de ter um futuro melhor.

Como parte de um compromisso de longo prazo pelo fim deste problema sério que impacta a vida de muitas brasileiras, Always também distribuirá até 1 milhão de absorventes para meninas sem acesso por meio de uma campanha compre e doe. No total, serão 16 mil meninas assistidas durante três meses.

"A Pobreza Menstrual é um problema que impacta a vida de muitas brasileiras e mulheres no mundo todo, principalmente aquelas com menor poder aquisitivo. Além de ser uma questão séria de saúde, ela afeta a confiança de meninas e causa a evasão escolar. Como parte da solução, precisamos trazer à tona o problema para juntos tentarmos dar um fim a ele", diz Laura Vicentini, Vice-Presidente de marketing de cuidados femininos da P&G Brasil.

Os impactos da Pobreza Menstrual no Brasil 

Para dar visibilidade sobre os impactos da Pobreza Menstrual, Always realizou uma pesquisa em parceria com a Toluna1. Os resultados foram analisados pela pesquisadora e antropóloga Mirian Goldenberg, e mostram que a falta de dignidade na menstruação é um reflexo da desigualdade de gênero e é agravado pelo tabu em torno da menstruação. A pesquisa revela ainda que o índice de mulheres sem acesso à absorventes no Brasil ultrapassa bastante a estimativa global da ONU.

  • Uma entre cada quatro jovens não se sente confortável nem mesmo em falar sobre a menstruação, e mais da metade (57%) das mulheres afirmaram que a primeira menstruação as deixou menos confiantes. A busca por informação na primeira menstruação vem quase que totalmente da mãe (79%), o que mostra o aspecto íntimo e privado.
  • O absorvente foi considerado pelas entrevistadas como um produto de primeira necessidade e, para elas, a falta de absorvente afeta a confiança feminina. Porém, mais de uma em cada quatro jovens (29%) revelou não ter tido dinheiro para comprar produtos higiênicos para o período menstrual em algum momento de suas vidas. Nas classes DE, esse índice é ainda maior (33%).
  • A ONU estima que 1 em cada 10 meninas falte a escola durante a menstruação, e no Brasil esse índice é ainda pior. Segundo a pesquisa, no Brasil, uma em cada quatro mulheres já faltou a aula por não poder comprar absorventes. Quase metade destas (48%) tentaram esconder que o motivo foi a falta de absorventes e 45% acredita que não ir à aula por falta de absorventes impactou negativamente o seu rendimento escolar.
  • Três em cada quatro afirmam que o período menstrual tem um impacto muito negativo na sua confiança pessoal. Para meninas que não tem acesso à absorventes, o impacto na confiança é ainda pior e cria um ciclo vicioso: ao faltar às aulas, elas ficam para trás nos trabalhos escolares, deixando de participar de atividades que ajudam a aumentar sua confiança e habilidades (35%, por exemplo, deixaram de praticar esportes e sentiram muita vergonha pela falta de produtos menstruais na escola).
  • Com as limitações financeiras, mulheres recorrem a alternativas, como papel higiênico, roupas velhas ou toalha de papel. Entre as mulheres de classes mais baixas, tecidos ganham ainda mais importância como substituto. Esses métodos alternativos não são seguros para a saúde da mulher. Itens de higiene durante a menstruação são uma questão de necessidade básica, mas uma parcela da população brasileira não compreende que absorventes trazem dignidade e previnem doenças.

"De todos os dados da pesquisa, o que mais chama atenção é como a falta do absorvente abalou a confiança de 51% das mulheres, trazendo vergonha a 37%. Além disso, elas não se sentem confortáveis em falar sobre o assunto nem mesmo com pessoas próximas e ainda se sentem culpadas e inseguras com um fenômeno natural do corpo feminino, que é a menstruação. Elas escondem esses sentimentos, mas, quando perceberem que não estão sozinhas, conseguirão enfrentar juntas esse problema", diz Goldenberg.

Campanha #MeninaAjudaMenina

A marca Always já realizou outras ações contra a pobreza menstrual, destinando mais de 80 milhões de absorventes às meninas que mais precisam destes itens de higiene no mundo. Agora, a marca reforça o seu comprometimento com a causa ao levantar a discussão para diferentes meios.

Na nova campanha #MeninaAjudaMenina, assinada pela Integer\OutPromo, Always convida todas as meninas e mulheres a abraçarem a causa, dando a sua voz para ajudar a aumentar a conscientização sobre o problema. Por meio da campanha compre e doe de Always, que vai de 01 até 30 de maio, ao comprar um pacote Always, as mulheres também estão doando absorvente para quem não tem acesso. A doação de mais de 1 milhão de absorventes pela marca serão destinadas para as instituições Cruz Vermelha, com distribuição no sudeste e nordeste, Fluxo sem Tabu, projeto sem fins lucrativos que luta pela democratização do conhecimento sobre menstruação e pelo acesso a higiene íntima, e para Mulheres Pela Justiça, grupo de profissionais do judiciário que fazem atendimento e acolhimento à mulheres em situação de violência.

Para ajudar na conscientização e reunir ainda mais apoio pelo fim da pobreza menstrual, a Always lança um manifesto com a participação de suas embaixadoras Sabrina Sato, Thelma Assis, Gleici Damasceno e Maíra Azevedo trazendo dados sobre a temática. A marca também convidou a fotógrafa Maria Ribeiro para retratar em fotos um pouco da realidade das meninas que sofrem com a pobreza menstrual.

Em coletiva para a imprensa, Juliana Azevedo, presidente da P&G disse ainda que inúmeros passos ainda precisam avançar, por exemplo, quando questionada ao apoio para outras pessoas que menstruam e são, muitas vezes, também minorizadas socialmente, como os homens trans. "Uma empresa que se propõe a ter ações afirmativas sempre descobre que há mais passos para continuar. Para isto, nos ligamos a parceiros que ajudam a atender populações diversas com capilaridade.  Acredito que escolhemos instituições mais focadas em mulheres, mas parcerias com a Cruz Vermelha, por exemplo, nos ajudar a atingir outras pessoas vulneráveis. Além disto, está é uma das ondas do programa", diz.

https://www.youtube.com/watch?v=XWNw1i4koFM

Acompanhe tudo sobre:MulheresP&G (Procter & Gamble)

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