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ACE e Startse lançam programa de inovação para responder à crise

Aceleradora e escola de negócios se uniram para apoiar empresas que, em meio à pandemia, precisam intensificar sua transformação digital

Dúvidas no mundo corporativo: crise do coronavírus exige resposta rápida e inovação (Runstudio/Getty Images)

Dúvidas no mundo corporativo: crise do coronavírus exige resposta rápida e inovação (Runstudio/Getty Images)

Dúvidas no mundo corporativo: crise do coronavírus exige resposta rápida e inovação (Runstudio/Getty Images)

Há tempos o mundo corporativo bate em uma mesma tecla: a da transformação digital. Automatização de processos, indústria 4.0 e as mudanças culturais envolvidas no contexto são temas onipresentes no discurso de consultorias e executivos. Pesquisas mostravam, no entanto, que ao mesmo tempo que a transformação era vista como urgente, poucas empresas se sentiam seguras para tocar o processo.

Com a pandemia da covid-19 – e a consequente quarentena –, o que funcionava como discurso teve de mostrar validade na prática. E com urgência. “As empresas não têm mais o direito de escolher como fazem as coisas”, diz Pedro Englert, presidente da escola de negócios Startse. “O poder foi transferido das organizações, que tinham o mercado controlado, para uma realidade na qual o cliente, informado e com alternativas, decide como comprar e consumir.”

Neste contexto, a quarentena vem exigindo uma resposta rápida das empresas – sobretudo na capacidade de fazer negócios via e-commerce, a forma mais plausível de se fazer vendas em uma situação de distanciamento físico.

Para apoiar as organizações nesta transformação, a Startse se uniu com a empresa de inovação ACE para montar o FIX (de Full Innovation Experience), um programa de imersão destinado a diretorias e gerências de empresas. A ideia é fazer um diagnóstico das dores mais urgentes das companhias e avaliar o grau de maturidade de inovação com foco na alta liderança.

Englert destaca a Magazine Luiza como uma empresa que fez, com sucesso, sua transformação digital. “É o grande case do Brasil, entenderam que, com as novas tecnologias, devem entregar como o cliente quiser – na loja física, via e-commerce próprio, por meio de um terceiro.”

Para Pedro Waengertner, um dos fundadores da ACE, as adaptações da empresa não são apenas uma resposta à atual crise. “Com a mudança de hábitos da população, o que deve acontecer é a permanência de diversas tendências parecidas com o que vivemos hoje”, diz. “A crise veio para mostrar quem inova de fato, e quem não o faz.”

Além de trabalhar estratégias de inovação, o FIX deve inserir uma cultura de inovação nas companhias. Por isso, a ACE Córtex, consultoria de inovação da ACE, adaptou a metodologia ágil comum às startups para o modelo corporativo. A ideia é focar, ao mesmo tempo, em pessoas e estrutura. “É uma semiverdade dizer que as pessoas são o maior ativo de uma empresa”, diz Englert. “Se você tiver as melhores pessoas em uma estrutura e cultura que não funcionam, não conseguirá fazer nada. É como ter um time de craques com um técnico ruim.”

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