Marketing

A grande tacada

Em 1984, dois anos depois de adquirir sua primeira loja, a Comodoro Presentes, em São Bernardo do Campo, os sócios Patrick, Brigitte e Didier, os Aron, abriram uma filial no Shopping Center Norte, em São Paulo. Na época, o shopping oferecia espaço quase de graça para atrair lojistas. "Como o ponto era barato, decidimos arriscar", […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h54.

Em 1984, dois anos depois de adquirir sua primeira loja, a Comodoro Presentes, em São Bernardo do Campo, os sócios Patrick, Brigitte e Didier, os Aron, abriram uma filial no Shopping Center Norte, em São Paulo. Na época, o shopping oferecia espaço quase de graça para atrair lojistas. "Como o ponto era barato, decidimos arriscar", diz Patrick. Um ano depois, os Aron abriram no mesmo lugar sua primeira franquia de O Boticário. Foi a grande tacada: apostar numa marca e num shopping ainda desconhecidos, mas que -- acreditavam -- tinham tudo para dar certo.

Não demorou para os Aron fazerem caixa e abrirem outras franquias de O Boticário: no shopping Metrópole e no Carrefour de São Bernardo, em 1986, no shopping Santana e no Bom Retiro, em 1987, nos shoppings Penha e São Bernardo, em 1992, mais uma na Penha e outra no Extra Anchieta, em 1997, além de cinco unidades que adquiriram no centro de São Paulo, em 1998. Enquanto isso, a primeira franquia no Center Norte já se tornara pequena. Os Aron sugeriram ao Boticário a abertura de uma megaunidade no local. O Boticário não só autorizou como ajudou a transformar a loja num modelo para a marca. Na mudança, a loja passou de 48 para 108 metros quadrados e ganhou o conceito de "interativa plus" -- um tipo de self-service assistido, com um centro de estética onde os consumidores podem experimentar qualquer um dos 450 itens da marca. Aberta há um ano, a loja teve um aumento de 20% na receita, que chegou a 230 000 reais por mês, cinco vezes mais que o faturamento médio das lojas da marca. A margem de lucro é de 8% a 10%. "Poderia ser melhor, mas os custos de nossa estrutura pesam bastante", afirma Patrick. Como não vêem mais espaço para novas franquias nas regiões onde atuam, a intenção dos Aron é investir nas que já possuem. "O desafio agora é aumentar o tíquete médio de compras e a lucratividade do negócio", diz Patrick.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Marketing

O som do desejo: como a música nas lojas de luxo influencia o comportamento do consumidor

Brics 2025: identidade visual destaca Samaúma como símbolo de cooperação global

'Bruninho esteve aqui': bar em Belo Horizonte ganha fama após visita de Bruno Mars

Fernanda Torres e Montenegro respondem à IA em campanha de Natal do Itaú