Página inicial do Google: empresa mostra que mais da metade dos anúncios não são vistos pelo público (Loic Venance/AFP)
Guilherme Dearo
Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 11h17.
São Paulo - Mais da metade dos anúncios digitais não são nem vistos pelas pessoas. É o que mostra um novo relatório do Google divulgado ontem (3).
Em diversos sites e plataformas, em variados formatos e estratégias, os anúncios tomam conta da vida digital de quem passa muito tempo na Internet. Mas 56,1% passam totalmente despercebidos.
O Google usou a ferramenta Active View para medir quais anúncios são vistos e o que afeta a visibilidade deles.
A notícia certamente é um alerta para os profissionais de marketing e publicidade, que percebem que não podem confiar tanto assim na efetividade dos anúncios online.
Em outras palavras, quando as empresas pagam por um espaço publicitário na rede, metade do dinheiro investido é perdido - para fazer render a outra metade - já que elas pagam por espaço, não por cliques e retorno.
Já o Google fatura em torno de 55 bilhões de dólares por ano com publicidade.
Visibilidade x Invisibilidade
Um dos fatores que mais afeta se o anúncio será visto ou não é a posição dele na página.
Aqueles que estão diretamente acima da "dobra da página" (o ponto mais baixo da página antes do usuário rolar a barra lateral e descer) são os mais beneficiados.
Ao contrário do que muitos pensam, o local de privilégio não é à direita, no topo da página. Na verdade, o olho humano faz uma leitura transversal, da esquerda para a direita e de cima para baixo.
O tamanho do banner de anúncio também conta - e muito.
Anúncios verticais têm taxas mais altas de visibilidade. Logicamente: por serem verticais, logo "compridos", eles ficam na página mais tempo, mesmo com o usuário rolando a barra lateral.
Por exemplo: banners no tamanho 120x240 têm 55,6% de visibilidade. Já banners 300x250, apenas 41%.
O site onde os anúncios estão também modificam a relação com o leitor e consumidor em potencial.
Os sites com maior engajamento são os sites de referência (51,9%), comunidades online (48,9%), games (48,4%) e Arte & Entretenimento (48%).
Os com menos potencial são os imobiliários (38,7%), de notícias (38,8%) e os de Alimento & Bebidas (39,6%).