Assédio: comerciais buscam empatia, respeito e representatividade às minorias, suas demandas, necessidades e especificidades (YouTube/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2017 às 11h55.
Última atualização em 5 de abril de 2017 às 12h20.
Mal começamos abril e este ano já pudemos acompanhar um universo permeado por pautas que mostram que a sociedade mudou, e que a publicidade tem um grande peso nisso.
Atitudes carregadas de preceitos ultrapassados, machismos e esteriótipos não são mais aceitas, além de não acompanharem um mundo globalizado e orientado por empatia, respeito e representatividade às minorias, suas demandas, necessidades e especificidades.
Foi pensando na importância deste tipo de discussão que reunimos aqui, mais outras 5 peças que tem como pano de fundo o assédio sexual, assunto que ganhou atenção nas redes sociais (e muito apoio) após a estilista Su Tonani ter tornado pública a acusação de assédio por parte de José Mayer.
O Whistling Woods International Institute, criou o filme Dekh Le, que tem como objetivo celebrar o aniversário do estupro coletivo cometido no país em dezembro, quando uma adolescente indiana sofreu dois estupros coletivos em ataques separados e depois morreu queimada viva.
O vídeo mostra a face do assédio sexual se voltando para o homem. O olhar do abuso é refletido por objetos localizados no corpo das mulheres, deixando os homens desconcertados.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=SDYFqQZEdRA%5D
De acordo com um estudo global da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada três mulheres vai experimentar alguma violência física ou sexual em algum momento de sua vida.
Para colocar um holofote sobre esse grave problema, a instituição norueguesa Care Norway criou a campanha "#DearDaddy", que mostra como pequenas ações comportamentais de uma sociedade machista são capazes de corroborar com esse quadro problemático que afeta o público feminino em todo o mundo.
O filme é narrado por uma menina prestes a vir ao mundo, que ainda no ventre de sua mãe prevê os assédios e agressões que sofrerá ao longo da vida se as coisas não mudarem de figura.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=dP7OXDWof30%5D
"Se não for sim, é não". Essa é a mensagem por trás da campanha "Consentimento é simples", criada para a ONG Project Consent. Assim como a mensagem, a série de filmes desenvolvida pela agência canadense Juniper Park/TBWA usa a simplicidade para ir direto ao ponto.
São três vídeos que mostram a interação entre um homem e uma mulher de forma lúdica: no lugar de pessoas, os personagens são retratados através de uma parte do corpo feminino assediado e do masculino que assedia.
Ou seja, temos a conversa entre seio e mão, bunda e pênis, e vagina e pênis. A situação se desenrola no momento em que os elementos masculinos tentam assediar o feminino e recebem não como resposta.
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=GtY7QeI_rCU%5D
De acordo com dados de que na Cidade do México, 65% das mulheres já foram assediadas sexualmente nos ônibus ou trens metropolitanos, a companhia de metrô da cidade criou a campanha #NoEsDeHombres, ideia que parte de um ponto bastante ousado: a instalação de um assento que simula o corpo de um homem (incluindo um pênis) nos vagões que só podem ser ocupados por homens.
Diversos passageiros estranharam o assento diferente e se recusaram a sentar. Outros resolveram arriscar, mas acabaram por se sentiram desconfortáveis.
No segundo carnaval em que emplaca uma campanha, AzMina, instituição sem fins lucrativos que usa a informação para combater diversos tipos de violência, teve como tema este ano #UmaMinaAjudaAOutra, para estimular mulheres a ficarem atentas caso vejam que alguma outra "mina" está sofrendo assédio. No ano passado, o foco da campanha eram os homens, público-alvo do Guia Prático e Didático da Diferença entre Paquera e Assédio.
Lembrou de alguma campanha que não foi citada? Deixe um comentário contando para a gente, que adicionamos no compilado!
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da AdNews.