O papel do conselheiro não é só proteger o que já existe, mas impulsionar a transformação. (sedrik2007/envato)
Colunista
Publicado em 25 de setembro de 2024 às 16h00.
Comecei o curso de conselheiro de empresas pelo IBGC em parceria com o YPO e, logo de cara, percebi que ser conselheiro vai muito além de garantir uma boa governança. A governança é a base, claro, mas hoje o conselheiro precisa estar à frente, ajudando a empresa a navegar por temas como inovação, sustentabilidade e diversidade. Coeficientes emocionais que vão muito além dos “KPIs (indicadores-chave de performance).
Empresas são organismos vivos, em constante transformação. Elas respiram, mudam de direção, se moldam às pessoas e às necessidades do mundo. E, para acompanhar essa dinâmica, a liderança tem que ser humana, próxima, conectada. Não dá mais para liderar só com a cabeça nos números, é preciso ter sensibilidade para entender o que motiva as pessoas, o que faz elas quererem dar o melhor de si e como isso gera valor de verdade.
No curso, ficou claro que a diferença está justamente em provocar esse pensamento crítico nos líderes, em cultivar uma cultura onde a inovação não seja só um discurso bonito, mas um motor real de mudança. O conselheiro passa a ser quase um designer da estratégia, um conector de ideias e pessoas que cria as condições para a empresa continuar evoluindo e se manter relevante.
Além disso, a grande questão está em como essa liderança humana se traduz na prática. É preciso saber equilibrar uma visão de longo prazo com as demandas imediatas do negócio. Muitas vezes, é o conselheiro que traz uma perspectiva fresca, que quebra o ciclo de decisões automáticas e força o time a pensar fora da caixa. Essa provocação é fundamental para garantir que as empresas não apenas sobrevivam, mas prosperem em tempos de disrupção constante.
No final das contas, o papel do conselheiro não é só proteger o que já existe, mas impulsionar a transformação, provocando novas formas de pensar e de agir, indo além do lucro imediato para criar um impacto que realmente faça a diferença – tanto no negócio, quanto na sociedade. E, nesse processo, o que mais importa é a capacidade de criar conexões verdadeiras entre propósito, pessoas e resultados.