Entenda a relação entre juros e preço dos títulos e como ela pode impactar a rentabilidade do seu investimento (./Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 19h35.
Última atualização em 11 de julho de 2022 às 15h03.
A rentabilidade de investimentos da renda fixa, como títulos do Tesouro Direto e ativos de crédito privado, pode sofrer flutuações entre a data de compra e a data de vencimento. Isso acontece por causa das condições e das expectativas do comportamento da taxa de juros. Essa dinâmica se chama marcação a mercado.
A marcação a mercado é a atualização diária do preço de um ativo de renda fixa ou da cota de um fundo de investimento pelo seu preço de mercado naquele dia.
Essa variação, que também leva o nome de Mark to Market (ou MtM) serve para o investidor saber quanto receberia se resgatasse o título ou vendesse a cota naquele dia.
A rentabilidade negativa que pode ser apresentada em alguns investimentos da renda fixa não significa que o investidor “perdeu dinheiro” necessariamente. Porque se o investidor carregar o título até seu vencimento, ele receberá a rentabilidade contratada, independente das oscilações que aconteceram no caminho.
Outro fator que pode impactar a rentabilidade da renda fixa é uma alta na inflação e a queda da taxa básica de juros, a Selic. Além da clássica lei da oferta e da demanda. Embora não apresente a mesma volatilidade da renda variável, os ativos de renda fixa também são precificados de acordo com demanda.
Além disso, existem alguns riscos que podem impactar ativos da renda fixa. O principal deles é o risco de crédito, quando o devedor não consegue cumprir com suas obrigações e pagamentos.
Investimentos emitidos por bancos e financeiras, como CDBs, LCIs e LCAs, no entanto, contam com a proteção do FGC, que garante uma indenização aos investidores dentro de um limite de até R$ 250 mil por CPF.
Já investimentos do crédito privado, como CRIs e CRAs, não possuem garantia do FGC. Por isso, é preciso conhecer e confiar no emissor dos papeis antes de investir.