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Publicado em 8 de outubro de 2024 às 10h46.
Por conta da estabilidade, previsibilidade de resultados e forte geração de caixa, o setor elétrico é um dos preferidos dos investidores que buscam ações pagadoras de dividendos na bolsa de valores.
De fato, algumas empresas do setor se destacam pela alta distribuição de proventos e estão sempre na mira do mercado. Um exemplo clássico é a Taesa (TAEE11), com um dividend yield superior a 9% nos últimos 12 meses.
No entanto, a grande oportunidade do setor não está no segmento de transmissão de energia, onde atuam as gigantes Taesa e Isa Cteep (TRPL4), mas sim de geração elétrica, afirma o analista e especialista em dividendos da Empiricus Ruy Hungria.
Ele lembra que o segmento de geração sofreu muito nos últimos anos por conta dos níveis elevados de chuvas, o que sobrecarregou os reservatórios e causou uma sobreoferta de energia. Consequentemente, o preço da energia caiu. “Isso acabou afetando os resultados das geradoras”, disse o analista.
Mas, nos últimos meses, os níveis de chuva estão abaixo do esperado, os reservatórios estão cada vez menos cheios e o preço da energia voltou a subir.
Segundo o analista, a perspectiva é que o preço da energia elétrica siga em alta nos próximos meses.
“As chuvas ainda estão abaixo das expectativas e começamos a ver de novo possibilidade de temperaturas mais elevadas, o que contribui para o aumento da demanda de energia”, destacou o analista no programa Giro do Mercado, do portal de finanças Money Times.
Este cenário tem beneficiado e deve continuar a favorecer as geradoras, que conseguem vender a energia a um preço melhor, e, consequentemente, gerar mais caixa.
Nesse segmento, o analista não fica em cima do muro sobre qual ação escolher: a Eletrobras (ELET6).
“É uma empresa que foi beneficiada por essa melhora de perspectiva e entendemos que deve continuar se beneficiando”, recomenda Ruy Hungria.
Além da melhora de resultados por conta do preço da energia, a empresa também vem apresentando melhoria operacional desde a privatização através da redução das despesas e do ganho de eficiência.
“Nos preços atuais, vemos a Eletrobras negociando a 6 vezes seu valor da firma sobre o Ebitda (EV/Ebitda) para 2025, a mais barata entre os seus pares mais próximos”, destacou o analista.
Apesar de o dividend yield dos últimos 12 meses da Eletrobras ter sido menor que o da Taesa (aproximadamente 4% contra 9%), o analista defende que esse não deve ser o único critério na hora de montar uma boa carteira, mesmo para o investidor com foco em proventos.
“São inúmeros os casos de investidores que acabam olhando só para o yield. Eles até recebem o yield de 10%, por exemplo, só que quando vão olhar o preço da ação um ano depois, despencou 50%. No fim do dia, você ganhou um dividendo de 10% e a ação caiu 50%. É uma perda muito grande de capital”, afirmou Hungria.
Nesse sentido, o especialista em dividendos da Empiricus diz buscar companhias que unem duas características fundamentais:
Para encontrar companhias desse tipo, Hungria destaca que o investidor deve entender se o valuation da empresa é interessante e se o negócio “consegue oferecer estabilidade a ponto de dar previsibilidade na geração de caixa em um prazo maior de tempo”.
E esse é exatamente o caso da Eletrobras e de outras quatro ações selecionadas pelo analista a pedido do programa Giro do Mercado, do Money Times.
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*Este conteúdo é apresentado por Empiricus.