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Renda fixa brasileira ou americana: o que é melhor?

Veja como o Tesouro IPCA se compara aos bonds americanos em retornos e diversificação

Câmbio e inflação são elementos voláteis e pouco previsíveis. (.)

Câmbio e inflação são elementos voláteis e pouco previsíveis. (.)

Paula Zogbi
Paula Zogbi

Colunista

Publicado em 25 de novembro de 2024 às 14h00.

Última atualização em 26 de novembro de 2024 às 16h10.

Ultimamente, as redes sociais e o noticiário não cansam de destacar o mítico "Tesouro IPCA + 7%", em referência às taxas muito próximas desse patamar que vêm sendo praticadas no mercado de renda fixa no Brasil. Para quem investe internacionalmente, a euforia em torno da renda fixa brasileira traz uma dúvida: vale a pena continuar investindo em bonds?

Primeiro, vamos entender o que estamos comparando. O equivalente a um título do Tesouro brasileiro no mercado de bonds seria um emissor com mesmo nível de risco e um título com prazo semelhante. Nos gráficos abaixo, comparamos as taxas do Tesouro IPCA com vencimento em 2050 aos bonds emitidos pelo governo brasileiro com o prazo de vencimento em 2047. O rendimento atual do segundo título é de 7,15% em dólares, ou "dólar + 7,15%":

Mas o que compensa mais: IPCA + 7% ou Dólar + 7%?

Câmbio e inflação são elementos voláteis e pouco previsíveis, especialmente para prazos longos. Fazendo o exercício de olhar para o passado, observamos que, em janelas de 5, 10 e 15 anos, ter exposição a essas taxas teria gerado bons retornos.

É impossível adivinhar rentabilidade futura com base no desempenho passado, mas o histórico nos mostra que ter exposição ao dólar é uma maneira interessante de buscar proteção patrimonial e diversificação, de maneira complementar a portfólios domésticos. Por isso, o mais importante é manter sempre uma carteira diversificada, alinhada aos seus objetivos e adequada ao seu perfil de investidor.

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