Renda fixa: investimento seguro e rentável em títulos americanos. (wirestock/envato)
EXAME Solutions
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 14h00.
Para os brasileiros interessados em diversificar investimentos e proteger o patrimônio contra a volatilidade econômica, a renda fixa nos Estados Unidos se apresenta como uma alternativa atraente. Uma das principais vantagens de recorrer a esse tipo de aplicação é a segurança proporcionada pela estabilidade econômica e política do país do Tio Sam.
Os títulos de renda fixa, como os emitidos pelo governo americano, são considerados ativos de baixo risco. Além disso, investimentos em contas protegidas pelo FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation) garantem até US$ 250 mil por investidor, oferecendo uma camada extra de proteção.
Com as taxas de juros nos EUA atualmente entre 4,75% a 5%, a renda fixa em dólar pode oferecer retornos competitivos em comparação com as opções disponíveis no Brasil. Esse cenário é especialmente favorável para investidores que buscam rentabilidades mais altas sem abrir mão da segurança.
O mercado secundário nos EUA é altamente líquido, permitindo que os investidores vendam seus títulos facilmente, caso necessitem de liquidez. Essa característica é menos comum no Brasil e pode ser crucial em momentos de aperto financeiro.
“Títulos do tesouro americano atualmente rendem em torno de 4,5% ao ano para vencimentos curtos, o que, líquido do imposto de 15%, significaria um resultado de R$ 103.825 em um ano caso o câmbio se mantivesse estável”, explica Paula Zogbi, head de conteúdo da Nomad.
“Há bonds de outros governos, inclusive o brasileiro, remunerando a taxas acima de 7%, resultando em R$ 105.000 no primeiro ano, líquido de IR. Mas uma das vantagens do investimento em bonds é somar o retorno do investimento à variação cambial, o que pode ajudar nos resultados e proteger o investimento em moeda forte”.
Convém explicar que bonds é o nome dado tanto para as dívidas emitidas por governos, semelhantes ao tesouro direto, quanto para as corporativas, como as debêntures. “O mercado americano é conhecido por atrair emissores do mundo inteiro, então existem bonds de governos e países do mundo todo listados para investimento nos EUA”, explica Zogbi. “Em geral, são prefixados, com pagamento de cupons periódicos (a cada seis meses, por exemplo), mas também existem bonds com correção pela inflação, como as TIPS (Treasury Inflation-Protected Securities)”.
Já os Certificados de Depósitos (CDs), emitidos por bancos e instituições financeiras, são semelhantes aos CDBs brasileiros. São eles que possuem garantia do FDIC, órgão semelhante ao FGC brasileiro, em até US$ 250 mil por instituição e por investidor. E eles também costumam oferecer uma remuneração prefixada. “Outra maneira muito difundida e eficiente de investir em renda fixa americana é através de ETFs, já que a barreira de entrada costuma ser menor e a liquidez, maior”, acrescenta a head de conteúdo da Nomad. “Há ETFs focados em inúmeras estratégias dentro dos que aplicam em renda fixa”.
Tendo em vista a variedade de opções e a segurança oferecida pelo mercado americano, a renda fixa nos EUA se apresenta como uma oportunidade interessante para investidores brasileiros.