Ouro e Ibovespa lideram ganhos no 1º tri; Bitcoin e BDRs lideram baixas (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)
Repórter de mercados
Publicado em 1 de abril de 2025 às 11h32.
Última atualização em 1 de abril de 2025 às 11h32.
Num primeiro trimestre especialmente conturbado para a economia global, o ouro foi o grande vencedor entre os investimentos com maior retorno, com valorização de 19,49% no período, impulsionado pela aversão ao risco e busca por proteção. Os números são de um levantamento feito pela consultoria Elos Ayta.
Os investidores que apostaram no mercado de renda variável também celebraram bons resultados. O índice Small Caps avançou 8,87%, superando o próprio Ibovespa, que veio logo em seguida e acumulou alta de 8,29% no trimestre.
Essa foi a melhor valorização trimestral do Ibovespa desde o quarto trimestre de 2023, quando o índice subiu 15,12%. O IDIV, indicador que mede o desempenho das ações mais vantajosas em dividendos, teve uma alta de 6,19%.
Na contramão, o primeiro trimestre foi ruim para os investimentos atrelados a ativos internacionais.
O Bitcoin teve o pior desempenho do período, com uma desvalorização de 19,26%, em um cenário de maior regulação e realização de lucros por investidores.
Em seguida, veio o retorno do índice BDRX, que mede o desempenho dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs) e teve queda de 15,69% no trimestre, afetado pela correção de preços no mercado acionário global e pela valorização do real frente ao dólar.
Entre os investimentos de renda fixa e híbridos, o IFIX, que representa o mercado de fundos imobiliários, subiu 6,32%, enquanto o Índice de Mercado Anbima Geral (Ima Geral) registrou avanço de 3,36%. O CDI e a poupança tiveram ganhos de 2,94% e 1,88%, respectivamente. O IHFA, que mede o desempenho dos fundos multimercado, fechou o trimestre com leve alta de 1,00%.
Em relação as moedas, o dólar Ptax apresentou queda de 7,27%, enquanto o euro Ptacdix recuou 3,68%, o que demonstra a melhora no fluxo de capitais para mercados emergentes e a menor pressão sobre o câmbio brasileiro.
Essa foi a maior desvalorização trimestral do dólar Ptax desde o primeiro trimestre de 2022, quando a moeda norte-americana despencou 15,10%.
O ouro liderou os ganhos no mês de março, com alta de 10,79%.
Para quem apostou nos índices acionários em março, receberam bons frutos. O Small Caps teve o melhor desempenho, avançando 6,73%, seguido pelo IFIX, que subiu 6,14%, e o Ibovespa, com alta de 6,08%. O IDIV também registrou uma valorização relevante de 5,52%. No campo das moedas, o dólar Ptax recuou 1,82% no mês, enquanto o euro Ptax teve um desempenho positivo, subindo 1,92%.
Os ativos internacionais tiveram um mês desafiador. O Bitcoin registrou queda de 6,24%, enquanto o BDRX recuou 9,44%, refletindo um ambiente global de maior aversão ao risco e movimentos de correção nos mercados acionários.
Porém, no acumulado dos últimos 12 meses até março de 2025, o Bitcoin ainda mantém um saldo positivo de 34,01%, enquanto o BDRX avança 24,11% e o dólar Ptax sobe 14,93%. O ouro, que dominou o primeiro trimestre, também lidera no acumulado anual, com um impressionante ganho de 40,99%.