Fundos de ações se beneficiaram do bom desempenho do Ibovespa, que valorizou quase 7% no mês (Germano Lüders/Exame)
Marília Almeida
Publicado em 31 de janeiro de 2022 às 19h01.
Última atualização em 31 de janeiro de 2022 às 23h21.
Os fundos de renda fixa da categoria "Duração Alta – Grau de Investimento" lideraram o ranking dos melhores investimentos de janeiro em renda fixa, com rentabilidade de 1,15%.
Esses fundos têm como objetivo buscar retornos com duration média ponderada da carteira igual ou superior à apurada no IMA-Geral (índice que representa uma carteira de dívida pública). No mínimo, 80% do patrimônio líquido fica alocado em títulos públicos federais ou ativos de baixo risco de crédito nos mercados doméstico ou externo.
Já o pior investimento na renda fixa foi o Tesouro IPCA+ 2045, que registrou queda de 11,71% no período.
O papel foi impactado pela chamada marcação ao mercado. Diante de um cenário de incertezas fiscais persistentes, a percepção de investidores é que o risco aumentou, o que tem reflexo no preço do ativo: os juros futuros dispararam e refletem a taxa que o mercado avalia que será necessária para conter a inflação. Assim, o valor presente do título caiu.
Entre os investimentos de renda variável, os fundos de ações da categoria "Índice Ativo" lideraram o ranking do mês de janeiro, com ganhos de 3,72%, abaixo do desempenho do Ibovespa, que registrou alta de 6,98%.
Já o pior desempenho ficou com a categoria fundos de ações "Investimento no Exterior", com queda de 4,86%. Eles refletiram o desempenho negativo dos índices de bolsas americanas. No mês, o S&P 500 desvalorizou 5,86%.
Para todos os investimentos, a orientação é sempre lembrar que rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro. Também é importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações, sem descontar o imposto de renda (IR) e as taxas cobradas por fundos, gestoras e corretoras.
Nas aplicações em fundos de ações, há cobrança de IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.
Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de IR.