Imagem: Roque de Sá/Ag. Senado
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Publicado em 5 de abril de 2024 às 14h31.
Última atualização em 5 de abril de 2024 às 14h51.
O mês de março encerrou com a divulgação de dois dados que podem impactar a bolsa daqui para a frente: o resultado do Copom e a prévia da inflação (IPCA-15).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 mostrou alta de 0,36% nos preços. Um número 0,42 p.p. menor que em fevereiro de 2024, contudo, ainda acima dos 0,31% projetados pelo mercado.
Dentre os grupos pesquisados, alimentação e bebidas (0,91%) e saúde e cuidados pessoais (0,61%) apresentaram as maiores altas, dois dos setores que o Banco Central já sinalizou que está acompanhando de perto.
Assim, o resultado da prévia da inflação pode ser motivo de preocupação para alguns investidores a despeito da manutenção do ciclo de flexibilização dos juros.
Contudo, na visão do analista da Empiricus Research Matheus Spiess a informação mais importante para o investidor neste momento não é o IPCA-15, nem a Selic a 10,75% ao ano.
Outra informação que também foi divulgada no fim do mês pode dar pistas sobre os próximos passos do Banco Central e de como o investidor pode agir daqui para a frente.
Além do IPCA-15, no final de março foi divulgada a ata do Copom. O documento costuma ser publicado uma semana após a decisão do Banco Central sobre o juros e contém mais detalhes a respeito da decisão da autoridade monetária.
Segundo Spiess, o comunicado adotou um tom conservador, o que, na sua avaliação, corrobora a postura do BC na semana passada.
Durante a decisão da Selic, a autoridade monetária fez um ajuste gramatical no discurso excluindo a letra “S” da palavra “cortes”.
Ou seja, ao invés de sinalizar a redução da Selic em maio e junho, agora o BC está assegurando um corte de 0,50 p.p. apenas para a próxima reunião.
A revisão foi um dos assuntos mais comentados pelo mercado, pois sugeria a possibilidade de redução no ritmo de flexibilização monetária.
Matheus explica que, dado o atual cenário macroeconômico, não seria prudente para a autoridade monetária se comprometer com um corte na Selic em junho.
Em entrevista ao Giro do Mercado, ele explicou que existem fatores domésticos e internacionais que podem influenciar as próximas decisões do Copom. Por exemplo, o ciclo de flexibilização dos juros nos Estados Unidos e outros países.
Já no cenário doméstico, o Banco Central precisa olhar para fatores como o risco de aceleração da inflação, bem como estabelecer uma âncora fiscal.
Segundo Spiess, embora Campos Neto não queira “comprar briga” com o governo, o comunicado deixa claro que, na falta de uma âncora fiscal, há de ter uma âncora monetária.
Em outras palavras, se o governo não estabelecer (e cumprir) uma meta de gastos para manter o equilíbrio das contas públicas, o Banco Central será obrigado a adotar medidas para evitar que a inflação volte a subir.
Assim, na ata divulgada na última terça-feira, o tom adotado pelo Banco Central, garantiu mais liberdade nas próximas decisões, avalia Spiess.
Considerando o conteúdo da ata, agora o Banco Central precisa de dados para tomar as próximas decisões, avalia o analista.
Dentro desse contexto, a prévia da inflação (IPCA-15) do mês de março pode ser um indicador para a autoridade monetária nas futuras reuniões do Copom.
Assim, muitos investidores podem se questionar a respeito da manutenção do ritmo de queda da taxa básica de juro.
Matheus aponta que, embora o número não tenha sido o que o mercado esperava, “ao que tudo indica, a gente está em um processo de normalização desse repique [no IPCA], depois do primeiro trimestre.”
Ou seja, na visão do analista, é provável que nos próximos meses possamos ver números mais favoráveis na prévia de inflação e no IPCA.
Ele ainda ressalta que segue “prevendo três cortes de juros nos EUA para este ano [...] este movimento deve estimular não só o mercado americano mas também influenciar positivamente o Brasil.”
Por isso, ele acredita que ainda há espaço para uma “continuidade de normalização da inflação". Ou seja, é esperado que a Selic continue caindo, o que pode beneficiar os ativos de risco.
Nesse contexto, algumas ações podem entregar excelentes retornos aos investidores. Na visão dos analistas da Empiricus Research, existem 4 ações com potencial de para dobrar de valor.
Trata-se de ações de empresas com baixo valor de mercado, cuja queda da Selic no longo prazo pode proporcionar um crescimento interessante para as companhias e seus papéis.
Para você ter uma ideia, em outros momentos de afrouxamento monetário, essas ações entregaram retornos acima do Ibovespa para os investidores.
É claro que retornos passados não são garantia de retornos futuros. Porém, a carteira conta com 4 ações selecionadas que podem valorizar, em média, 56%.
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* Este conteúdo é apresentado por Empiricus