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Investir no exterior durante o intercâmbio: por que vale a pena?

A recomendação é que se comece a investir com antecedência, antes mesmo de iniciar a temporada fora do país

Investir no exterior: estudantes em intercâmbio podem aproveitar para diversificar e obter rendimentos em moeda forte. (zamrznutitonovi/envato)

Investir no exterior: estudantes em intercâmbio podem aproveitar para diversificar e obter rendimentos em moeda forte. (zamrznutitonovi/envato)

EXAME Solutions
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Publicado em 14 de outubro de 2024 às 17h00.

Investir no exterior durante um intercâmbio pode ser uma estratégia vantajosa para quem busca aproveitar ao máximo esse período de mudança. Segundo Paula Zogbi, especialista da fintech Nomad, que oferece serviços financeiros globais para brasileiros, essa é uma oportunidade que permite ao estudante não apenas obter rendimentos em moeda forte, mas também aproveitar condições tributárias mais favoráveis.

Uma janela de oportunidade

A recomendação de Paula Zogbi é que se comece a investir com antecedência, antes mesmo de iniciar o intercâmbio. “Além de trazer rendimentos que podem ajudar nos gastos do dia a dia, existe uma vantagem tributária nessa estratégia”, afirma.

Isso ocorre porque as remessas para contas de investimento no exterior têm uma alíquota de Imposto sobre operações financeiras (IOF) de apenas 0,38%, enquanto contas correntes internacionais são tributadas com um IOF a partir de 1%. Com essa diferença, há uma economia significativa ao longo do tempo.

Outra vantagem é a possibilidade de gerar dividendos em moeda forte, como o dólar ou o euro. Esses dividendos podem servir como uma renda complementar, tornando-se especialmente valiosos em comparação com uma renda em reais, que pode ser impactada pela volatilidade cambial do Brasil.

Investimentos seguros e com liquidez

Durante o intercâmbio, a segurança e a liquidez dos investimentos devem ser prioridade. “Pensando que a pessoa já está no intercâmbio, é importante optar por investimentos seguros e com liquidez, como a renda fixa de curto prazo”, recomenda Paula Zogbi.

Um exemplo disso são os “treasury bills”, títulos de renda fixa de curto prazo emitidos pelo governo dos EUA que oferecem baixa volatilidade e uma alta segurança.

ETFs (fundos de índice) que investem em “treasury bills” podem ser uma excelente opção, pois combinam diversificação com a garantia de pagamento do tesouro americano, que é considerado um dos emissores mais seguros do mundo. Esses ETFs remuneram o investidor mensalmente, oferecendo uma forma estável de obter rendimentos sem grandes riscos.

Cuidado com riscos de curto prazo

Zogbi também alerta para os riscos de se investir em produtos voláteis, especialmente quando o prazo é curto. “Cuidado para não se expor a riscos desnecessários em investimentos de curto prazo. Pensar em liquidez é essencial quando os objetivos estão em um horizonte curto de tempo”, aconselha.

Para quem está focado em objetivos de longo prazo, como construir uma reserva financeira, pode valer a pena buscar rentabilidades maiores em investimentos de maior prazo, mas sem perder de vista o perfil de risco adequado para a situação.

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