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Inflação nos EUA, Big Techs e ajuste fiscal: os assuntos que movem o mercado

No pregão de hoje, os investidores devem repercutir os balanços divulgados pela Meta e pela Microsoft

B3: investidores repercutem os balanços divulgados ontem e hoje antes da abertura do pregão (Germano Lüders/Exame)

B3: investidores repercutem os balanços divulgados ontem e hoje antes da abertura do pregão (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 07h44.

Última atualização em 31 de outubro de 2024 às 10h50.

Os investidores acompanham nesta quinta-feira, 31, os dados de inflação do PCE de setembro, nos Estados Unidos. O índice de preço de consumo pessoal é um dos principais indicadores de inflação no país. A expectativa é de um aumento de 0,2%.

O PCE é um dos indicadores avaliados pelo Federal Reserve e ajuda na decisão da política monetária. Amanhã, dia 1º, os investidores também acompanham os dados do payroll. Este indicador, que é o relatório de emprego mais importante dos Estados Unidos, será divulgado às 9h30.

Resultados de Big Techs impactam mercado

No pregão de hoje, os investidores devem repercutir os balanços divulgados pela Meta e pela Microsoft. A Meta reportou lucro de US$ 15,69 bilhões no terceiro trimestre, 35% acima do registrado no mesmo período do ano passado, com lucro por ação chegando a US$ 6,03. Entretanto, no pós-mercado, as ações caíram 3% devido ao anúncio de aumento de gastos em 2025.

A Microsoft registrou lucro líquido de US$ 24,7 bilhões, um aumento de 11% com um crescimento de 16% na receita, que chegou a US$ 65,6 bilhões. A empresa investiu aproximadamente US$ 14 bilhões na OpenAI, cujo assistente ChatGPT se tornou viral e impulsionou a indústria de inteligência artificial generativa. A tecnologia gerou bilhões em novas receitas para a Microsoft.

Como Satya Nadella, CEO da Microsoft, quer criar uma IA para 8 bilhões de pessoas

O resultado reforça o bom momento da empresa, no décimo aniversário de uma gestão transformadora conduzida por Satya Nadella, tema da reportagem de capa da última edição da EXAME.

Após o fechamento, serão divulgados os balanços da Apple, Amazon e Intel.

Brasil: mercado monitora risco fiscal

No Brasil, os investidores monitoram o risco fiscal. Uma reportagem publicada pelo Valor Econômico nesta quinta-feira afirma que a equipe econômica e a Casa Civil chegaram a um acordo sobre as medidas de corte de gastos da União. As mudanças devem ocorrer por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Segundo o jornal, o teor das medidas ainda não foi divulgado, mas está sob análise jurídica do governo.

Ainda de acordo com o jornal, a PEC poderá incluir a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), desvinculação de receitas para Estados e municípios, uma nova abordagem para precatórios e a desindexação de benefícios sociais do salário mínimo. A definição das propostas a serem levadas ao Congresso está em discussão entre os ministros da área econômica e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lucros de Bradesco e Ambev no radar

No mercado local, o Banco Central do Brasil divulgará as estatísticas fiscais de setembro também às 9h30. Além disso, os investidores devem repercutir os balanços de Bradesco e Ambev, divulgados antes da abertura do mercado. O Bradesco reportou um lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões no terceiro trimestre, conforme esperado pelo consenso Bloomberg, que estimava lucro em R$ 5 bilhões.

A Ambev obteve um lucro líquido de R$ 3,566 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 11,2% em relação ao ganho de R$ 4,015 bilhões no mesmo período de 2023. Ao final do dia, o conselho de administração aprovou um programa de recompra de 155 milhões de ações ordinárias. Considerando o preço de fechamento de R$ 12,92 na véspera, o programa está estimado em pouco mais de R$ 2 bilhões.

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