Proteger o patrimônio contra as variações cambiais exige, portanto, uma estratégia de diversificação bem estruturada e balanceada entre ativos locais e internacionais. (Getty Images/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 29 de outubro de 2024 às 14h00.
As oscilações do câmbio impactam diretamente o dia a dia dos brasileiros, afetando o preço de produtos importados e até mesmo o de itens essenciais, como alimentos e eletrônicos.
Para proteger o patrimônio, a diversificação da carteira de investimentos é uma das estratégias usadas por quem quer mitigar os riscos associados à volatilidade cambial.
“O dólar não é uma moeda volátil: a volatilidade está no real. Isso significa que investir no exterior é uma maneira de se proteger dessa volatilidade, especialmente quando pensamos no longo prazo”, explica Paula Zogbi, head de conteúdo da Nomad.
Uma das formas de blindar os investimentos das flutuações do câmbio está na aplicação recorrente em ativos dolarizados. Isso porque o dólar atua, neste caso, como um refúgio, ajudando a compensar perdas durante momentos de maior instabilidade na economia.
“É importante manter sua alocação sempre balanceada, o que significa fazer aportes de maneira uniforme em dólares e em reais recorrentemente”, diz Zogbi.
Ao investir em ativos dolarizados, é importante considerar dois aspectos: o primeiro é entender o próprio perfil de investidor. Isso significa saber o quanto o investidor está disposto a arriscar e qual é a sua capacidade de suportar as flutuações do mercado. Fazer um teste de perfil pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar na escolha dos ativos mais adequados às necessidades e expectativas, já que o mercado internacional oferece opções para todos os tipos de investidores.
O segundo ponto importante é o prazo dos investimentos. Aqueles de maior risco, como os ativos dolarizados, geralmente são mais voláteis e, por isso, mais recomendados para objetivos de médio e longo prazo.
A razão para isso é que, ao longo do tempo, a diversificação de investimentos tende a suavizar as flutuações do mercado e do câmbio, trazendo resultados mais estáveis. “Se os movimentos normais do mercado tiram seu sono, sua carteira pode estar desenquadrada”, alerta Zogbi.
Proteger o patrimônio contra as variações cambiais exige, portanto, uma estratégia de diversificação bem estruturada e balanceada entre ativos locais e internacionais. Com isso, é possível minimizar os impactos das oscilações do real, preservando o poder de compra e a segurança financeira em um cenário de incertezas econômicas.