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Com volatilidade à vista, BTG tira Petrobras (PETR4) de carteira recomendada para novembro

Banco monta portfólio mais defensivo em meio à deterioração das perspectivas fiscais no Brasil

BTG Pactual: perspectiva de volatilidade nos próximos meses, banco substituiu Hapvida (HAPV3) e Petrobras (PETR4) (Leandro Fonseca/Exame)

BTG Pactual: perspectiva de volatilidade nos próximos meses, banco substituiu Hapvida (HAPV3) e Petrobras (PETR4) (Leandro Fonseca/Exame)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 1 de novembro de 2023 às 11h22.

Última atualização em 1 de novembro de 2023 às 12h34.

Se o cenário fiscal parecia incerto, a última semana de outubro reforçou esse sentimento. Tanto o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não deram certeza sobre o déficit zero ou uma revisão da meta fiscal para 2024. Diante disso, a carteira recomendada de novembro do BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME) aposta em ativos que garantam ao investidor segurança e diversificação.

“As taxas de longo prazo mais elevadas nos Estados Unidos e a deterioração das perspectivas fiscais no Brasil fizeram com que o Ibovespa caísse novamente em outubro”, dizem os analistas.

Com a perspectiva de que a volatilidade continue a dar o tom nos próximos meses, o banco substituiu a Hapvida (HAPV3) pela distribuidora de combustíveis Vibra (VBBR3), e a Petrobras (PETR4) pela Prio (PRIO3)

Vibra Energia (VBBR3)

Entrando na carteira recomendada de novembro, a Vibra é apontada pelos analistas como um “grande nome” para aproveitar o ambiente competitivo (em evolução) no setor de distribuição de combustíveis. Isso porque, segundo eles, a nova política de preços da Petrobras oferecerá menos oportunidades de arbitragem e deve beneficiar os maiores operadores do setor. 

“Embora alguns investidores possam preferir esperar para ganhar mais confiança de que ‘eventos pontuais’ se tornarão menos frequentes, ainda consideramos a maioria destas preocupações como exageradas. Ajustando-se às flutuações de estoque, a VBBR vem apresentando resultados sólidos”, dizem. 

O banco ainda destaca que vê a VBBR3 sendo negociada a 13 vezes preço sobre o lucro (P/L) para 2024 — o que representa um desconto de aproximadamente 20% em relação ao seu par. “Acreditamos que já incorpora riscos relacionados à maior volatilidade das margens dos últimos seis trimestres.” 

Prio (PRIO3)

Outra adição à carteira de novembro do BTG é a Prio, que tem sido a principal escolha do banco entre as petrolíferas privadas. Segundo os analistas, a empresa oferece uma combinação de momento operacional robusto e preços mais elevados do Brent. E isso pode se traduzir em revisões positivas dos lucros.

“É também um movimento tático, uma vez que proporciona certo nível de proteção contra incertezas políticas e potenciais alterações no Plano Estratégico da Petrobras, previsto para ser divulgado em Novembro (embora a nossa perspectiva de longo prazo sobre a Petrobras permaneça positiva).” 

De volta aos fundamentos, os analistas acreditam que o mercado está subestimando o potencial da PRIO3 para diminuir os custos de levantamento nos próximos meses. Eles estão confiantes de que a empresa manterá um “yield robusto” de geração de caixa (FCF) de 20% em 2024, mesmo com potenciais atrasos na primeira produção de petróleo de Wahoo.

“À medida que a geração de caixa dos próximos trimestres começar a se materializar, acreditamos que a PRIO3 irá acelerar a recompra de ações e/ou a distribuição de dividendos, o que poderá servir como um catalisador relevante para as ações”, finalizam. 

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