Criptoativos: 25 milhões de brasileiros já investem em moedas digitais, segundo o Datafolha. (Bitybank/Divulgação)
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Publicado em 16 de abril de 2025 às 14h55.
Última atualização em 16 de abril de 2025 às 16h21.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha mostra que o número de investidores em criptoativos já supera o dos que aplicam em ações, dólar ou Tesouro Direto no Brasil. Segundo o levantamento, 16% dos brasileiros afirmam investir em criptomoedas — cerca de 25 milhões de pessoas — enquanto apenas 6% investem na bolsa de valores.
Esse avanço no mercado de ativos digitais coloca a tributação no centro das atenções em 2025. A Receita Federal atualizou as regras para quem investe em cripto, exigindo informações mais detalhadas, principalmente para uso em corretoras de fora do país, como o tipo de ativo, o custodiante — corretora nacional ou estrangeira — e o local onde os valores estão guardados.
Com as novas regras, aumenta a responsabilidade do contribuinte em manter registros precisos para declarar corretamente seus investimentos. Afinal, entender como prestar contas ao Fisco pode ser tão importante quanto saber onde aplicar.
“O conhecimento sobre impostos é essencial tanto para investidores tradicionais quanto na criptoeconomia”, afirma Ney Pimenta, CEO do Bitybank, corretora nacional que oferece relatórios prontos e adaptados às exigências da Receita.
A partir deste ano (2025), os criptoativos devem ser declarados com base em uma categorização específica:
Além da moeda, é obrigatório informar o nome e CNPJ da corretora. No caso de plataformas estrangeiras, o contribuinte precisa declarar os dados da empresa e qual o país de custódia.
Lucros com exchanges internacionais agora são tributados a uma alíquota fixa de 15%, independentemente do valor negociado. Já as operações em corretoras brasileiras continuam isentas de tributação para vendas mensais de até R$ 35 mil.
A tabela progressiva de tributação segue válida para lucros com ativos digitais em plataformas nacionais:
Outro benefício para quem utiliza corretoras brasileiras é a inclusão automática dessas informações na declaração pré-preenchida, disponível desde 1º de abril — o que não ocorre com exchanges internacionais.
O processo para declarar os criptoativos pode parecer técnico, mas se torna mais simples com organização. Veja como declarar:
Atenção: a omissão de informações pode levar o contribuinte à malha fina, gerar multas de até 150% sobre o valor devido e até processos judiciais.
Se você teve prejuízos com operações feitas no exterior, é possível usá-los para compensar ganhos obtidos também no exterior, desde que isso ocorra no mesmo ano-calendário (de 1º de janeiro a 31 de dezembro). Essa compensação ajuda a reduzir o imposto a pagar sobre os lucros.
Com a regulamentação do setor de criptoativos pelo Banco Central, prevista ainda para este ano, a expectativa é que as corretoras brasileiras fiquem mais alinhadas às normas fiscais. Para quem investe nesses ativos, o alinhamento a essas normas representa mais segurança jurídica e menos risco de cair na malha fina. Para saber como declarar seus criptoativos, acesse o blog do Bitybank.