Invest

Copom e nova diretoria do BC: cinco assuntos quentes para o Brasil na próxima semana

Mercado confere se o Copom manterá sinalização de ritmo de cortes e se o Fed indicará uma pausa da alta dos juros americanos

Copom: decisão sobre a taxa Selic será dia 1º de novembro (Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Copom: decisão sobre a taxa Selic será dia 1º de novembro (Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Bloomberg
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 28 de outubro de 2023 às 10h08.

Mercado confere se o Copom manterá sinalização de ritmo de cortes e se o Fed indicará uma pausa da alta dos juros americanos. EUA também divulgam payroll. Com real favorecido pelas commodities, China expõe dados de PMIs. Nomes de diretores do BC e balanços de varejistas ficam no radar. Veja destaques:

Comunicado do Copom

O mercado de juros precifica um novo corte de 0,50pp da Selic na próxima semana, para 12,25%, e vai checar no comunicado se o Copom mantém a sinalização de reduções da mesma magnitude nas “próximas reuniões”. “O BC pode reconhecer um ambiente global de maior risco devido ao conflito no Oriente Médio e à alta dos yields dos títulos americanos. Isso pode ser lido como relativamente mais hawkish, embora sem impedir novos cortes nas reuniões seguintes”, diz Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. O ambiente externo levou o BC do Chile a desacelerar o corte de sua taxa. Agenda ainda traz a última pesquisa Focus antes do Copom e produção industrial.

Novos diretores do BC

O mercado também continua à espera do anúncio dos novos diretores do Banco Central, que vão substituir Fernanda Guardado e Mauricio Moura. Se o governo nomear diretores mais dovish ou menos experientes no mercado, as expectativas de inflação a longo prazo poderão permanecer sem ancoragem até que o novo comitê convença que é comprometido em atingir a meta, segundo a Bloomberg Economics. No pós-Copom, em 2 de novembro, mercado fecha com feriado do dia de Finados. Câmbio tem definição de Ptax de fim de mês e monitora possível início da próxima rolagem de swaps após fim da renovação de dezembro.

Sinal do Fomc e payroll

Antes da decisão do Copom, os mercados reagirão à decisão do Fomc na quarta-feira. A expectativa é de que o Fed mantenha sua taxa de referência na faixa entre 5,25% e 5,50% e os investidores buscarão no comunicado e fala do presidente Jerome Powell sinais sobre as próximas decisões. Os yields tiveram alta moderada nesta sexta-feira após dados mostrando alta do PCE e consumo, que poderiam manter a porta aberta a uma elevação adicional de juro. Agenda pesada de indicadores, com payroll, ISM e ADP, além de resultado da Apple, pode gerar volatilidade. Bancos da Inglaterra e Japão também definem juros na próxima semana.

China e commodities

O real caminha para fechar a semana entre as moedas emergentes e principais de melhor desempenho, em meio à alta das commodities que favorece as exportações brasileiras, o carry elevado proporcionado pelos juros altos domésticos e o avanço da agenda econômica do governo. A China, maior importador de produtos básicos como o minério de ferro, divulga PMIs de manufaturas e serviços nos dias 30 de outubro e 2 de novembro. Enquanto as perspectivas sobre demanda chinesa sustentam os metais, o petróleo sobe com o conflito no Oriente Médio.

Empresas de consumos

Varejistas como Assaí, GPA e Carrefour Brasil, além de Ambev e Vivo, estão entre as empresas que divulgam seus resultados nos próximos dias. Americanas também promete divulgar no dia 31 o primeiro balanço desde o pedido de recuperação judicial, ainda sobre os resultados de 2022. Metal Leve e Ambipar podem captar perto de R$ 2 bilhões somados em ofertas de follow-on que serão precificadas na terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:Mercado financeiroCopomSelicFed – Federal Reserve SystemPayrollBloomberg

Mais de Invest

Como negociar no After Market da B3

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida