Conta internacional ajuda a evitar taxas altas. (Leandro Fonseca/Exame)
EXAME Solutions
Publicado em 25 de outubro de 2024 às 11h00.
Muita gente que vai viajar para os Estados Unidos deixa para comprar dólares no último minuto — o que, em geral, se traduz em cotações cambiais desfavoráveis. E há quem opte por um caminho bem diferente, mas igualmente equivocado: adquirir a moeda americana com muita antecedência para deixar as cédulas guardadas em casa, às vezes numa caixa de sapato dentro do armário. Outra atitude comum é desencanar da compra de dólares e viajar apenas com o cartão de crédito utilizado no Brasil. Isso resulta em gastos extras desnecessários, pois implica em taxas pesadas de conversão e IOF.
Nesse sentido, ter uma conta de investimento internacional oferece várias vantagens, especialmente para quem deseja diversificar seus investimentos em moeda forte, como o dólar. Uma das maiores conveniências é a possibilidade de usar os recursos investidos diretamente nos Estados Unidos, o que pode ser feito através de um cartão internacional associado à conta.
Esse cartão permite realizar compras tanto em lojas físicas quanto online, além de efetuar pagamentos e assinar serviços digitais em diversos países. Uma grande vantagem é que, ao utilizar um cartão baseado no dólar comercial, é possível economizar significativamente em comparação com cartões que operam com o dólar turismo. As taxas operacionais e o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) são geralmente menores nesse tipo de cartão, o que também contribui para uma economia considerável em viagens e compras internacionais.
Adicionalmente, muitos desses cartões oferecem a facilidade de pagamentos por aproximação, compatibilidade com wallets digitais para pagamento via smartphone e até a possibilidade de saques gratuitos em caixas eletrônicos específicos, facilitando ainda mais o acesso ao seu dinheiro enquanto estiver no exterior. Essas características fazem da conta de investimento internacional uma opção atrativa para quem busca praticidade e economia em suas transações internacionais.
Para quem vai viajar para o exterior, as vantagens de manter dinheiro aplicado nos Estados Unidos são evidentes. “A primeira economia é tributária”, reforça Paula Zogbi, head de conteúdo da Nomad. “Investimentos recorrentes também podem ajudar a economizar na cotação do câmbio, formando um preço médio entre o momento do início dos aportes e a data da viagem. Por fim, os próprios rendimentos dos investimentos são grandes aliados para garantir um melhor aproveitamento do dinheiro destinado a esse objetivo”.
Os Exchange Traded Funds (ETF) americanos, por exemplo, são fundos negociados em bolsa que funcionam de maneira similar aos fundos de investimento convencionais, mas com uma grande vantagem: suas cotas são negociadas como ações. Eles permitem que você tenha no seu portfólio papéis das maiores empresas do mundo, incluindo as mais inovadoras.
Além dos ETFs, também é possível investir em títulos de dívida emitidos por governos, empresas ou outras organizações para captar recursos em troca de pagamentos periódicos de juros e do valor total investido na data de vencimento. E há outras categorias de ativos, como o Real Estate Investment Trust (REIT), que envolve empresas que controlam, operam ou financiam ativos imobiliários e que possibilitam pagamento periódico de rendimentos em dólar.