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EXAME Solutions
Publicado em 9 de outubro de 2024 às 16h38.
Investir no exterior é uma estratégia cada vez mais adotada por brasileiros que desejam diversificar seus portfólios e proteger seus investimentos da instabilidade do mercado local. No entanto, para quem está começando, é fundamental adotar alguns cuidados básicos, semelhantes aos que se deve ter ao investir no Brasil.
Segundo Paula Zogbi, especialista da fintech Nomad, que oferece serviços financeiros globais a brasileiros, o primeiro passo é entender o seu perfil de investidor e adquirir conhecimento de mercado.
Além disso, na escolha da instituição financeira para investir no exterior, é essencial optar por companhias confiáveis e reguladas pelos principais órgãos de proteção ao mercado.
“Buscar instituições reguladas é uma prática crucial”, diz Zogbi. “A corretora parceira da Nomad, por exemplo, é regulada pela FINRA, que supervisiona corretoras nos Estados Unidos, e segue as normas da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana."
Minimizar os riscos é outra preocupação importante para quem está começando a investir fora do país. Zogbi destaca que o simples fato de diversificar internacionalmente já reduz riscos, uma vez que o efeito de descorrelação trazido pelo dólar ajuda a equilibrar as oscilações do mercado brasileiro.
“Assim como no Brasil, há investimentos de diferentes perfis no exterior”, detalha Zogbi. “Os títulos de renda fixa do governo americano, os chamados 'treasuries', são considerados os mais seguros do mundo pelas agências de classificação de risco. Já o mercado de ações, por ser renda variável, tem volatilidade inerente, mas também oferece oportunidades com diferentes graus de previsibilidade.”
Para quem busca segurança, a diversificação geográfica é a chave, incluindo diferentes mercados. Isso impede que o investidor fique excessivamente exposto a um único mercado e protege contra a volatilidade da moeda brasileira no longo prazo.
Mesmo tomando medidas para minimizar os riscos, é possível obter rendimentos atrativos no exterior. Zogbi aponta que a renda fixa americana ainda oferece juros historicamente elevados, tornando esse tipo de investimento interessante. “Na renda variável, muitas empresas são consistentes no pagamento de dividendos e possuem baixa volatilidade, proporcionando retornos previsíveis”, comenta.
Além disso, ela destaca a vantagem de investir em ETFs (fundos de índice), que permitem a diversificação com um valor de entrada baixo, facilitando a proteção do portfólio enquanto se busca rentabilidade.
Por fim, Zogbi aconselha que, ao manter ativos mais arriscados por prazos mais longos, o investidor tende a diluir a volatilidade e aumentar as chances de sucesso. “O tempo é um aliado para quem mantém uma estratégia de longo prazo, pois a volatilidade tende a ser diluída”, conclui.