De acordo com Jerson Zanlorenzi, o Brasil seguirá oferecendo excelentes oportunidades de investimento mesmo em tempos de estresse no mercado (erhui1979/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 14 de outubro de 2021 às 13h16.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 16h03.
À medida em que o início da corrida eleitoral se aproxima, uma dúvida começa a martelar na cabeça dos investidores: como preparar o portfólio de investimentos para um ano de eleições?
E o questionamento é compreensível. Afinal, com um cenário político bastante polarizado no país, a volatilidade da bolsa nos meses que antecedem o pleito tende a ser especialmente alta. Como se não bastasse a instabilidade comum da época eleitoral, este ano os mercados lidarão, ao mesmo tempo, com os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia.
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Mas isso não significa que os investidores devam se desesperar. De acordo com Jerson Zanlorenzi, que é especialista em renda variável e responsável pela mesa de ações e derivativos do BTG Pactual digital, o Brasil seguirá oferecendo excelentes oportunidades de investimento mesmo em tempos de estresse no mercado.
Tudo que o investidor precisa fazer é saber escolher os melhores ativos para protegê-lo em diferentes cenários. “É aquela velha história de não depositar todos os ovos na mesma cesta. Será preciso estar muito bem diversificado e olhar para empresas mais sólidas, que estão bem desenvolvidas em seus setores e que podem sobreviver a tempos mais difíceis”, diz.
Com mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, Zanlorenzi lançou a série gratuita e online Nos Trilhos da Prosperidade, em parceria com a EXAME Academy. No programa, o especialista coloca todo o conhecimento que adquiriu ao longo de sua carreira à disposição dos alunos e ensina as melhores técnicas de alocação de portfólio; diversificação e assimetria de carteira. Saiba mais aqui.
Em um vídeo recente, ele falou sobre a importância da diversificação entre setores, ativos e economias durante anos eleitorais – e compartilhou algumas estratégias de proteção para esse período com os investidores.
Veja abaixo os principais conselhos do especialista sobre o assunto.
Se em anos não eleitorais o investidor pode assumir o risco de comprar empresas menos estabilizadas, mas com alto potencial de crescimento, em anos eleitorais o ideal é priorizar papéis de companhias mais bem consolidadas. “Os próximos meses serão mais atípicos, então é importante priorizar empresas sólidas, com bons fundamentos e grande sobra de caixa”, diz.
Mas só isso não basta. Para estar realmente protegido durante períodos de alta volatilidade, também é importante diversificar entre diferentes classes de ativos. “A escolha do presidente A ou B pode impactar nos juros e na inflação. Por isso, a diversificação entre ativos de renda fixa também é importante”.
Nesse cenário, o especialista destaca a importância de produtos atrelados à inflação (como os NTNBs) e de produtos que atrelados a títulos pós-fixados (caso de CDBs, LCAs e LCIs).
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O especialista também explica que é importante ter uma boa alocação no mercado internacional, já que as bolsas estrangeiras costumam ter pouca (ou nenhuma) correlação com a brasileira.
Assim, mesmo em momentos de alta volatilidade na bolsa nacional, o investidor consegue capturar e se beneficiar da estabilidade de outras economias.
“Neste não há eleições presidenciais nos Estados Unidos, por exemplo, então provavelmente teremos menos volatilidade política por lá. Então é importante olhar para BDRs, fundos internacionais e ativos em que você vai estar exposto a outra economia, outra política e outra volatilidade”.
Não é segredo para ninguém que a política e a economia de um país andam juntas – e que, portanto, o noticiário e os acontecimentos políticos têm impacto direto no mercado financeiro. Mas, em ano de eleições presidenciais, estes impactos ficam ainda mais evidentes.
Segundo um relatório divulgado pela equipe de research do Santander durante a corrida eleitoral de 2018, a volatilidade média mensal do Ibovespa chega a aumentar 10,6% (subindo de 27,3 para 30,2) em anos de eleição – sendo o terceiro bimestre do ano o mais volátil para a bolsa.
“Maio e junho apresentaram desempenho predominantemente negativo durante os anos eleitorais, com média de -4,9% e -2,8% de desempenho, respectivamente, nos últimos quatro anos eleitorais”, diz o relatório, que considerou os dados das eleições de 2002, 2006, 2010 e 2014 para fazer o levantamento.
Veja os gráficos abaixo:
Cada vez que uma pesquisa de intensão de votos é divulgada, o mercado reage de acordo com sua crença a respeito do impacto que aquele candidato pode trazer para o desenvolvimento econômico do país.
Quando o resultado aponta a vitória de um candidato cujas políticas econômicas não são bem vistas pelo mercado, por exemplo, as ações das empresas listadas na bolsa tendem a cair. Por outro lado, quando o resultado das pesquisas é encarado de maneira positiva pelos investidores, a expectativa da criação de um ambiente mais favorável à geração de negócios impulsiona a valorização da bolsa.
Mas a verdade é que essa volatilidade não deve ser motivo de grande preocupação para os investidores, já que esse cenário tende a se estabilizar depois das eleições.
Segundo Zanlorenzi, é essencial que o investidor consiga manter a calma para tomar decisões de alocação bem embasadas, considerando sempre diversificação de portfólio como uma boa estratégia para proteção de carteira.
“É preciso entender que toda essa volatilidade é momentânea. Quando você olha uma janela de tempo maior, o que faz preço no mercado é a economia, o quadro fiscal e as decisões [econômicas]. Durante o período eleitoral, é preciso ter mais sangue frio do que nunca para não agir pela emoção. Não dá para olhar a pesquisa A e vender o ativo B, é um momento de usar mais a cabeça do que o coração” diz.
Pensando em ajudar cada vez mais brasileiros a alcançarem a liberdade financeira por meio de estratégias responsáveis de investimentos, a EXAME Academy preparou a série Nos Trilhos da Prosperidade, uma imersão com Jerson Zanlorenzi no mundo dos investimentos.
Dos dias 7 a 14 de março, os participantes terão a oportunidade de participar de um curso gratuito com o especialista do BTG Pactual digital, no qual aprenderão a estratégia usada por Zanlorenzi para cuidar melhor do seu dinheiro e alcançar seus objetivos, como a tão buscada liberdade financeira. As inscrições são gratuitas, a série será totalmente online e os participantes ainda recebem o certificado da Exame Invest.
Na série, você vai descobrir os 3 grandes erros financeiros que estão levando mais de 72% dos brasileiros ao endividamento, e vai saber como corrigi-los em tempo recorde. Esse é o primeiro passo para transformar definitivamente sua vida financeira.
Quem embarcar no programar, também vai conhecer as principais modalidades de investimento ignoradas por mais de 90% dos brasileiros, que vão tornar a sua jornada rumo à liberdade financeira muito mais tranquila e acessível.
Por fim, o especialista do BTG ainda ensina o plano perfeito para você entrar em ação e assumir o controle da sua vida financeira.
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