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Cogna (COGN3) fez a lição de casa e alcançará R$ 1 bi em caixa, diz CEO

Roberto Valério, em entrevista para a EXAME, afirma que a estratégia nos últimos anos deu certo e a companhia está pronta para os próximos passos

Roberto Valério, CEO da Cogna: 'Nós estamos seguros dos resultados e isso nos dá a convicção que o guidance para 2024 será atingido' (Eduardo Frazão/Exame)

Roberto Valério, CEO da Cogna: 'Nós estamos seguros dos resultados e isso nos dá a convicção que o guidance para 2024 será atingido' (Eduardo Frazão/Exame)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 10h47.

Última atualização em 8 de dezembro de 2023 às 13h33.

A Cogna (COGN3) fez a lição de casa. E é isso que a companhia irá mostrar aos investidores nesta quinta-feira, 7, durante o Investor Day. Em entrevista a EXAME Invest, Roberto Valério, CEO da companhia, diz que os dados apresentados nos últimos 3 anos mostram uma constância de crescimento e a certeza de que o guidance traçado para 2024 será alcançado. A projeção é de R$ 1 bilhão em geração de caixa e ebtida na faixa de R$ 2,1 bilhões a R$ 2,4 bilhões. “Nós estamos seguros dos resultados e isso nos dá a convicção que o guidance para 2024 será atingido.”

Nos últimos três anos, a Cogna fez uma série de movimentações, como a venda de escolas, fechamento de alguns campi da Kroton, focou em cursos híbridos e digitais, entre outros. Valério diz que a mudança de perfil de operações e o foco em ser mais asset light (com menor quantidade de ativos) fez com que a Cogna fosse menor em termos nominais de receita e ebitda, mas mais rentável do ponto de vista de caixa.

Outro foco dado pela da Cogna foi reduzir a inadimplência dos alunos da Kroton. Segundo Valério, as ações de renegociações de rematrícula fizeram com que a qualidade de crédito dos alunos fosse melhor. O indicador de inadimplência, medido pelo Provisão para Devedores Duvidosos e sobre receita liquida, caiu de 23% em 2020 para 9%, no terceiro trimestre deste ano. “Eu tenho produto que vende. Tenho alavancagem operacional e o aluno, quando eu faturo, ele me paga, vira ebtida e vira caixa. Com isso, a margem ebitda da Cogna saiu de 15% em 2020 para 35% em 2023.”

Novos negócios

Diante dos dados apresentados nos últimos três anos, a Cogna quer focar em novas frentes de negócios. "Podemos explorar novos segmentos e testar atividades distantes do nosso core, como uma plataforma de infoprodutores, estabelecer franquias de escolas bilíngues, ingressar no B2G para oferecer serviços ao governo, algo que não fazíamos anteriormente."

A plataforma de infoprodutores do grupo é a Voomp, que concorre diretamente com a Hotmart e Monetize. Um dos curso construído em parceria com a Cogna foi do professor Mira, da Me Poupe, da Nathalia Arcuri. “Nós sabemos fazer pós-graduação, eles sabem fazer cursos livres. Nos juntamos e eles vendem o curso por meio da Voomp.”

Um dos exemplos bem-sucedidos deste modelo é a parceria firmada com o A.C. Camargo, referência em diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa na área de oncologia, para ofertar cursos de pós-graduação. A parceria amplia a oportunidade de formação ao levar conhecimento, tecnologia e formação em oncologia para profissionais de medicina e saúde em todas as localidades do Brasil.

A estratégia, segundo Valério, é ampliar a área de educação para além da gradução e pós-graduação e oferecer cursos profissionalizantes, EJA, educação corporativa sem ser focada em executivos. "Podemos oferecer soluções para empresa de diversos segmentos porque temos um porfólio muito grande. Posso dar a solução completa. "

Outro foco da Cogna é no segmento B2G (Business-to-Government), que é a venda de serviços e produtos para o governo, por meio da Somos A atuação tem sido principalmente por meio de cursos para reforço escolar de português e matemática. A companhia fechou um contrato com o governo do Pará que oferece reforço, tanto por meio de material impresso, como acesso a plataforma, para entender a dificuldade individual do aluno. " O secretário tem uma verba que ele precisa usar."

Para os próximos anos, Válerio afirma que a empresa tem trabalhado para que ela possa acompanhar toda a jornada do aluno dentro das três unidades de negócio (Kroton, Vasta e Saber). Para isso, o grupo tem trabalhado para aumentar a integração entre os diferentes negócios por meio da base de dados. "Mas isso é a cerejinha do bolo."

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