A saúde da economia, o ritmo de crescimento do PIB e o ciclo de taxas de juros são alguns dos fatores macro que influenciam o mercado acionário. (Matteo Colombo/Getty Images)
EXAME Solutions
Publicado em 20 de setembro de 2024 às 17h00.
Investir em ações no exterior tem se tornado uma estratégia cada vez mais popular entre brasileiros que buscam diversificar suas carteiras e acessar oportunidades de crescimento em mercados globais.
Com a facilidade de abrir contas em corretoras que oferecem serviços financeiros globais, como a Nomad, é possível aproveitar o potencial de empresas de diferentes setores e geografias.
No entanto, escolher as ações certas exige conhecimento e cautela. Neste artigo, Paula Zogbi, da fintech Nomad, apresenta 10 dicas essenciais para quem deseja investir em ações fora do Brasil e obter resultados mais seguros e rentáveis.
A saúde da economia, o ritmo de crescimento do PIB e o ciclo de taxas de juros são alguns dos fatores macro que influenciam o mercado acionário. Economias em crescimento tendem a ser mais vantajosas para investir em ações de companhias que estão expandindo, enquanto momentos de desaceleração pedem uma alocação mais cautelosa em segmentos mais resilientes, por exemplo.
Companhias de energia têm característica de serem grandes pagadoras de dividendos; o setor imobiliário costuma ser altamente sensível a taxas de juros… Cada segmento da economia tem suas particularidades, e é importante ter exposição a alguns deles simultaneamente para buscar resultados mais consistentes ao longo do tempo.
Diversificação é importante também aqui. Se você já tem uma grande exposição ao segmento imobiliário via Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), por exemplo, evite concentrar muito do seu portfólio de ações em empresas de construção civil.
Mesmo dentro do mercado acionário, existem níveis diferentes de risco. Companhias com gaps competitivos e balanços sólidos tendem a apresentar volatilidade menor em comparação com small caps, ainda que o segundo grupo possa trazer maiores retornos pelo crescimento do negócio.
Trimestralmente, companhias de capital aberto são obrigadas a divulgar seus balanços ao mercado. Observe os números e pesquise se atingiram as expectativas dos analistas de mercado. Muitas empresas divulgam “guidances”, ou seja, projeções para os trimestres seguintes, que são bons termômetros para entender o potencial de valorização para frente.
Compare o preço das ações com métricas de avaliação, como o P/L (preço sobre lucro) e o P/VPA (preço sobre valor patrimonial por ação). Ações subavaliadas podem oferecer oportunidades de compra.
Estar em dia com o noticiário ajuda na identificação de empresas com boas perspectivas de crescimento, seja por meio de inovação, expansão para novos mercados ou desenvolvimento de novos produtos.
Avalie a qualidade da equipe de gestão e a estrutura de governança corporativa. Lideranças competentes e práticas de governança sólidas tendem a evitar dores de cabeça no médio prazo.
Ter uma parte da carteira dolarizada é um trunfo para o longo prazo, pois diminui os efeitos da volatilidade do real no seu patrimônio e tende a trazer uma proteção contra a inflação.
A bolsa brasileira é muito concentrada em setores como commodities e bancos. Quando você abre as portas para a bolsa americana, por exemplo, passa a ter mais acesso a segmentos como tecnologia, entretenimento, entre outros.