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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
São Paulo - A corretora XP, uma das mais populares entre as pessoas físicas brasileiras, apresentou sua carteira recomendada para investimentos em renda fixa no mês de setembro. Apesar de especializada no mercado de ações, a instituição considera o investimento em renda fixa uma forma interessante de diversificar a carteira e reduzir os riscos.
A XP não recomenda o investimento em renda fixa com prazo inferior a um mês, já que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o Imposto de Renda costumam corroer a maior parte dos ganhos.
Para aplicações de mais de um mês e menos de um semestre, a instituição considera que a combinação ideal seria de investir 20% dos recursos em CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que são títulos emitidos por bancos para a captação de recursos. O ideal é que esses títulos paguem 100% do CDI (taxa de juros que costuma flutuar bem próxima à Selic) e tenham prazo de resgate de um mês a dois anos. O retorno médio desses papéis no último ano foi de 9,09%.
O restante dos recursos deve ser investido em LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), que são títulos emitidos por instituições financeiras e lastreados em hipotecas ou empréstimos para a compra de imóveis. Esses papéis devem ter vencimento em três meses a dois anos e taxa de retorno equivalente a 90% do CDI, mas com isenção de Imposto de Renda sobre os ganhos. Nos últimos 12 meses, esses papéis deram um retorno de 9,89%.
Para os investidores de médio prazo, que planejam deixar o dinheiro aplicado por entre 6 e 24 meses, a XP recomenda que só 40% dos recursos sejam investidos em LCIs com as mesmas características. Outros 30% da carteira devem ser aplicados em LTNs, que são títulos do Tesouro Nacional. Com vencimento em julho de 2012, esses papéis pagam um juro médio de 11% ao ano. Os últimos 30% devem ser investidos em títulos públicos federais indexados à inflação. A NTN-B com vencimento em agosto de 2012 paga juros equivalentes à inflação medida pelo IPCA mais 5,75% ao ano.
"Os títulos públicos federais são um ótimo investimento para quem busca segurança à medida que há poucas chances de o governo brasileiro não honrar seu pagamento", diz a XP. "As NTN-Bs indexadas à inflação garantem a preservação do poder de compra mais juros com todas as vantagens de um título público."
Por último, para o investidor de longo prazo (aplicação de mais de dois anos), a XP indica que 30% da carteira seja destinada à compra de debêntures (títulos emitidos por empresas) da Rota das Bandeiras (CBAN11), uma companhia do grupo Odebrecht. Esses papéis vencem em 2022 e pagam taxa igual ao IPCA mais 8,25% ao ano. "Não é fácil encontrar outro ativo com esta taxa e rating", diz a XP.
Outros 30% da carteira devem ser aplicados em títulos emitidos pelo BNDES com vencimento em janeiro de 2013, o BNDES D41. Esses papéis rendem 11% ao ano e oferecem um risco também baixo. Por último, a XP recomenda o investimento o investimento de 40% dos recursos em um CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) que pague juros equivalentes ao IGP-M mais 7% ao ano. O inconveniente dessa aplicação é que ela é destinada a investidores qualificados - aqueles que possuem ao menos 300.000 reais em aplicações financeiras.