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Violência eleva em 12% taxa de condomínios nobres de SP

Estudo mostra que condomínios com serviço de vigilância tiveram acréscimos de 11,77% nas taxas condominiais em 2014


	Câmeras de segurança: Aumento das invasões levou condomínios a contratarem seguranças
 (foto/Getty Images)

Câmeras de segurança: Aumento das invasões levou condomínios a contratarem seguranças (foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 14h40.

São Paulo - Moradores de condomínios com serviço de vigilância da cidade de São Paulo viram um aumento de cerca de 11,77% na taxa condominial a partir de janeiro de 2014 por causa do aumento da violência

A informação é de um levantamento realizado pela Habitacional, empresa de administração imobiliária.

Segundo o estudo, a alta ocorreu por causa do adicional de periculosidade, de 30%, garantido à categoria dos profissionais que atuam na segurança dos condomínios a partir deste ano.

“O aumento da criminalidade nos últimos cinco anos e da escalada de invasão nos prédios teve um impacto direto nos custos dos condomínios, que absorveram mão de obra de vigilância para reforçar a segurança”, afirma Marcio Bagnato, diretor de condomínios da Habitacional.

Ele afirma que bairros nobres como Brooklin, Campo Belo,  Itaim Bibi, Jardins, Moema, Morumbi, Perdizes e Vila Nova Conceição sentiram o maior impacto da alta.

Nessas regiões, segundo Bagnato, são mais comuns os empreendimentos que contam com serviço de vigilância externa, que foram os tipos de condomínios afetados pelo adicional de periculosidade.

Dos 270 condomínios que compõem a carteira da Habitacional, 25% tiveram o acréscimo de quase 12% por contarem com o sistema de segurança profissionalizado em vez do sistema convencional, que conta apenas com porteiros. 

Conforme Bagnato explica, como a mão de obra é o item que mais pesa no orçamento do condomínio, o adicional de periculosidade dos profissionais de vigilância tem um impacto muito maior do que teria, por exemplo, um aumento no valor das contas de água.

Além do aumento verificado nos condomínios com seguranças, um dissídio da categoria de funcionários de condomínios gerou, também a partir de janeiro, um reajuste de 6,63% na mão de obra de todos os condomínios, tanto aqueles com serviço de vigilância, quanto os convencionais. 

Com a alta de 11,77% gerada pelo acréscimo no salário de funcionários de vigilância e o aumento de quase 7% dos funcionários de condomínio no geral, os moradores de condomínios nobres sentiram um aumento de cerca de 19% na taxa condominial a partir de janeiro, segundo a Habitacional. 

Condomínios deveriam expor os gastos com segurança

O diretor de condomínios da Habitacional afirma que não existe uma saída para evitar acréscimos de custos provenientes de reajustes de mão de obra, mas, segundo ele, os moradores não costumam se incomodar quando sabem que o aumento está ligado a questões de segurança.

Por essa razão, ele afirma que seria interessante que os condomínios mostrassem aos moradores o peso dos gastos com segurança no orçamento condominial, deixando claro o impacto do aumento dos profissionais de vigilância nas contas.

"Enquanto o aumento do custo está ligado à segurança, o condômino entende, sobretudo nessas áreas nobres da cidade. Agora, se o aumento de gastos com segurança entrar no bolo, junto às outras contas, o morador já pode reclamar ao sentir o aumento da taxa", diz Bagnato.

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