Prédios em São Paulo: como houve retração no volume de lançamentos, a entidade enxerga um possível retorno do empreendedor ao mercado residencial, especialmente no segmento de 1 dormitório (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2013 às 09h20.
São Paulo - As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo surpreenderam positivamente no primeiro semestre do ano, segundo o sindicato da habitação da capital paulista, Secovi-SP, com um avanço de 46 por cento no número de unidades vendidas ante igual período do ano passado, e aumento de 63 por cento no valor global de vendas (VGV).
O Secovi-SP atribuiu o crescimento a uma combinação entre demanda contínua de novos imóveis residenciais, financiamento abundante e alta de 22 por cento na aprovação das plantas em relação ao mesmo período de 2012, em pesquisa divulgada nesta terça-feira.
Entre janeiro e junho, foram vendidas 17.500 novos imóveis residenciais na cidade de São Paulo, com o VGV alcançando 10,6 bilhões de reais no período. Os lançamentos subiram 51 por cento sobre a primeira metade de 2012, para 13.983 unidades.
Como houve retração no volume de lançamentos nos últimos 12 meses, a entidade também enxerga um possível retorno do empreendedor ao mercado residencial, especialmente no segmento de 1 dormitório. No primeiro semestre, a venda desses imóveis disparou 330 por cento na comparação anual, o que, segundo o vice-presidente de incorporação imobiliária do Secovi-SP, Emílio Kallas, sinaliza a estratégia das incorporadoras de se adaptarem ao novo cenário macroeconômico, oferecendo apartamentos menores e, consequentemente, com ticket de compra mais baixo.
O Secovi-SP ainda elevou a expectativa de comercialização de imóveis residenciais novos na capital paulista de 29 mil a 30 mil unidades para 35 mil em 2013, o que representa alta de 30 por cento sobre 2012.
Para os lançamentos, a estimativa foi ajustada de 30 para 33 mil unidades no ano, avanço de 16 por cento em relação ao último ano.
"Após dois anos de ajustes, estamos começando um outro ciclo virtuoso do mercado imobiliário, mais comedido", afirmou Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, acrescentando que ainda é cedo para prever um ritmo de crescimento de vendas sustentável para os próximos anos.