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Venda e locação de imóveis usados em alta em São Paulo

Para presidente do Creci-SP, desempenho indica que marcha-lenta da economia não chegou aos imóveis

Em São Paulo, as vendas tiveram crescimento de 8,16% e o número de imóveis alugados foi 13,92% maior quem em julho  (Germano Lüders/EXAME)

Em São Paulo, as vendas tiveram crescimento de 8,16% e o número de imóveis alugados foi 13,92% maior quem em julho (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 08h37.

São Paulo - As vendas de imóveis usados e a locação de casas e apartamentos mantiveram-se em alta pelo segundo mês consecutivo no Estado de São Paulo. As vendas tiveram crescimento de 8,16% e o número de imóveis alugados foi 13,92% maior quem em julho segundo pesquisa feita com 1.471 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).

"Esse comportamento pós-férias de julho dos dois mercados pode ser um indicativo de que a marcha-lenta que se instala na Economia em geral, ainda não chegou com força aos imóveis", destaca José Augusto Viana Neto, presidente do Conselho. Mas ele ressalva que, boa parte das vendas e das novas locações fechadas em agosto, também podem ser "rescaldo de negociações que não foram fechadas em julho, o que inibe apostas em manutenção de crescimento seguro nestes próximos meses".

Preços de imóveis em queda podem ter estimulado mercado

Outro estímulo para esse bom desempenho dos mercados de venda e locação foi o comportamento dos preços dos imóveis usados e dos aluguéis residenciais. Em agosto, o Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais (IEPI-UR/Crecisp) teve queda de 22,76% em relação a julho. Como o índice é composto por todos os valores de venda e locação levantados pela pesquisa, isto significa que, na média geral dos negócios fechados em agosto, muitos compradores e novos inquilinos foram beneficiados por preços de metro quadrado e aluguéis iniciais inferiores aos de julho.

Vendas em alta em todo Estado, menos na Capital

A pesquisa apurou que foram vendidos 999 imóveis em agosto no Estado de São Paulo, número que fez o índice de vendas avançar 8,16% - de 0,6279 em julho para 0,6791 em agosto. As vendas tiveram desempenho positivo em três das quatro regiões que compõem a pesquisa: Interior (+ 13,89%), Litoral (+ 10,4%) e na região formada pelas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 41,1%). Na Capital, houve queda de 14,47% em comparação com julho. 


As imobiliárias consultadas venderam 528 apartamentos e 471 casas, a maioria com financiamento bancário: 51,03% do total vendido na Capital, 56,17% no Interior e 71,43% na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco. No Litoral, a maioria das vendas - 54,35% - foi feita à vista. 

Os imóveis mais vendidos na Capital foram os de valor médio superior a R$200 mil, com 66,67% do total de contratos. Essa mesma faixa de valor respondeu por 52,48% das vendas na região do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco. No Interior, os mais vendidos foram os imóveis com preços médios até R$200 mil, que somaram 60,43% dos contratos. E no Litoral, 50% das vendas foram de casas e apartamentos com preços médios de até R$140 mil.

O imóvel mais caro que a pesquisa encontrou no Estado de São Paulo em agosto foi uma casa de 2 dormitórios localizada em bairro de área nobre de São José dos Campos, vendida por R$5.625,00 o metro quadrado. O imóvel mais barato foi também casas de 2 dormitórios no centro de Bauru - imobiliárias venderam esse tipo de imóvel na cidade por valores que variaram de um mínimo de R$500,00 o metro quadrado ao máximo de R$2.000,00.

Casas lideram locação

As casas prevaleceram sobre os apartamentos na preferência dos novos inquilinos. Elas representaram 55,91% - 1.938 unidades - dos contratos formalizados em agosto no Estado. Os apartamentos ficaram com 44,09%, ou 1.528 unidades. No total, as imobiliárias pesquisadas alugaram 3.466 imóveis. 


O índice de locação deu um salto de 13,92%, passando de 2,0683 em julho para 2,3562 em agosto. Das quatro regiões que compõem a pesquisa, a Capital teve queda de 4,89%, o Interior registrou alta de 36,36%, o Litoral acusou alta de 31,61% - e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco tiveram queda de 8,59%. 

Os imóveis mais alugados em agosto na Capital foram os de valor mensal até R$1.000,00 (50,79% do total), valor que se reduziu para a faixa de até R$800,00 nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (57,08% dos contratos), no Interior (56,51%) e no Litoral (54,31%). 

O fiador reinou sobre todas as outras formas de locação no Estado nesse período. Foi a forma preferencial de garantia dos contratos na Capital (47,32% do total), no Interior (82,71%), no Litoral (52,12%) e nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (49,46%).

As imobiliárias pesquisadas receberam as chaves de 2.183 inquilinos que encerraram seus contratos, número que representou 62,98% do total de novas locações contratadas. A inadimplência teve queda de 12,84% - em agosto, 3,8% dos inquilinos estavam com o aluguel atrasado nas imobiliárias pesquisadas, percentual que era de 4,36% em julho.

O maior valor de locação encontrado pela pesquisa foi de casas de 5 dormitórios localizadas em bairros de regiões nobres de Campinas, onde esse tipo de imóvel foi alugado por valores que variaram de R$3.500,00 a R$11.000,00. O menor aluguel de agosto no Estado foi o de apartamentos de 1 dormitório situados em regiões da periferia de Bauru: os valores oscilaram de um mínimo de R$180,00 a um máximo de R$420,00. 

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