São Paulo - Os títulos públicos, vendidos pelo Tesouro Direto, têm oferecido remunerações atrativas. Com o alto patamar da taxa Selic, hoje aos 14,25%, suas taxas, que são influenciadas pelo comportamento dos juros básicos, também estão elevadas. É possível conferir isso em poucos cliques na calculadora do Tesouro Direto, que mostra exatamente quanto o investidor vai ganhar ao investir em cada título.
A ferramenta gratuita pode ser acessada pelo site Tesouro Direto, a plataforma online de negociação de títulos públicos, e não é preciso fazer nenhum tipo de cadastro.
Para usá-la, basta preencher as seguintes informações: o título você pretende comprar, a data da compra, seu vencimento, o valor investido, a taxa paga pelo papel no momento da compra, a taxa de administração e o IPCA ou a taxa Selic projetada para o período (a ferramenta solicita uma taxa ou outra de acordo com o título em questão).
As informações sobre o título, como sua taxa de compra e sua data de vencimento, são facilmente visualizadas em uma tabela que fica disponível na mesma página da calculadora e mostra os títulos que estão à venda no momento.
Se o título for o Tesouro Selic, por exemplo, que é o papel que acompanha a variação da taxa Selic, então a calculadora solicita a Selic projetada para o período. Já se o título for o Tesouro IPCA+, título que paga uma determinada taxa de juro, mais a variação da inflação medida pelo IPCA, então é solicitada a inflação anual estimada para o período.
Já se o título selecionado for o Tesouro Prefixado, título que paga uma taxa de juro definida no momento da compra, não são solicitadas informações sobre a taxa Selic ou o IPCA, afinal esse título não possui nenhum indexador, ele paga pura e simplesmente a taxa de juro.
Após inserir as informações sobre os títulos, basta clicar em calcular. A ferramenta mostra então uma tabela com os resultados da simulação.
Veja na tabela a seguir os resultados de algumas simulações feitas na calculadora do Tesouro Direto. Foram selecionados apenas títulos disponíveis para compra hoje e em todos os casos foi considerado um investimento de 10 mil reais.
*Todas as rentabilidades são apresentadas já líquidas de Imposto de Renda e consideram o investimento por meio de corretoras que não cobram taxa de administração (confira as taxas cobradas por instituição).
**Foi considerada uma inflação anual de 6,7%, que é a taxa de inflação esperada para 2016, segundo o Boletim Focus do Banco Central.
Site do Tesouro também mostra o melhor título para você
A escolha sobre qual título comprar depende do prazo do investimento, dos seus objetivos financeiros e da sua tolerância a riscos.
A ferramenta Orientador Financeiro, também hospedada no site do Tesouro, indica qual título é o mais indicado para cada investidor. Para isso, basta responder algumas perguntas relacionadas aos seus objetivos de investimento e ao final do questionário a página apresenta a melhor opção de título.
Veja o passo a passo para começar a investir no Tesouro.
Risco de calote?
Muitos investidores se preocupam com um eventual risco de calote do governo. No entanto, matéria anteriormente publicada por EXAME.com, mostra que esse risco é muito baixo.
Ao falar sobre o risco de crédito dos títulos públicos, que é o risco de que o pagamento do título não seja honrado, economistas e consultores financeiros costumam dizer que o Tesouro tem o menor risco de crédito da economia brasileira.
Por trás dessa afirmação está a lógica de que, dentro de uma economia, o governo é a instituição com menor risco de quebra. Ou seja, para chegarmos ao ponto de o governo quebrar, diversas outras instituições quebrariam antes, já que o risco que o governo tem de quebrar é o risco que corremos de a economia sofrer um colapso geral.
Ao menos era isso o que vinha sendo falado sobre o risco do Tesouro até o momento. Porém, em vista das incertezas que vivemos agora, diante do processo de impeachment e dos fracos indicadores econômicos, investidores se perguntam se esse quadro mudou.
O principal argumento usado por economistas para dizer que o risco de calote do Tesouro Direto continua baixo é o fato de que os títulos públicos fazem parte da dívida interna do governo e são emitidos em reais. Portanto, em último caso, o governo emitiria mais moeda para honrar os títulos públicos.
Outro argumento ainda é que o Tesouro Direto representa menos de 1% da dívida pública federal. Assim, economistas acreditam que se ocorresse um eventual calote, ele atingiria outros credores da dívida antes.
Veja a matéria completa sobre o risco de crédito dos títulos públicos vendidos pelo Tesouro Direto.
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1. Chega de desculpas
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São Paulo - Não consegue economizar ou vive no
cheque especial, mas nunca encontra tempo para colocar as finanças em ordem? A pedido de EXAME.com, Gustavo Cerbasi, especialista em educação financeira e autor do livro "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", criou um plano de 14 dias para quem deseja melhorar o
orçamento.
É necessário realizar apenas uma tarefa por dia durante duas semanas para mapear a situação financeira. O objetivo é controlar gastos e poupar para atingir metas pessoais, como a compra da casa própria, por exemplo. As dicas foram baseadas nas orientações compiladas por Cerbasi no livro "Como Organizar sua Vida Financeira", que será relançado em setembro desse ano. Conheça a seguir o plano de 14 dias para quem deseja se preparar contra eventuais imprevistos que tenham impacto no orçamento:
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2. 1º dia: organize comprovantes de renda e despesas
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2/16 (David Sacks/Thinkstock)
Calcule sua renda líquida mensal (já livre de eventuais descontos, como impostos) e os gastos realizados no último mês. Separe-os em grupos, como alimentação, saúde, moradia e lazer. Caso não tenha o registro de todas as despesas realizadas nesse período, inicie um monitoramento de entradas e saídas de dinheiro durante os próximos 30 dias, arquivando diariamente os comprovantes em uma pasta. O plano de ação para melhorar o orçamento deverá ser iniciado após essa análise.
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3. 2º dia: analise os gastos
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3/16 (ThinkStock/Nastco)
Se souber lidar com planilhas eletrônicas, como o Excel, ou
aplicativos que ajudam a gerenciar gastos, use essas ferramentas para se organizar. Caso não tenha o costume de utilizar esses recursos, relacione todos os seus gastos em um caderno e identifique onde você está gastando mais do que imaginava.
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4. 3º dia: planeje sua rotina para monitorar o orçamento
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4/16 (pressureUA/Thinkstock)
O ideal é que você não perca muito tempo com essa atividade. Prefira estratégias simples, como arquivar comprovantes por tipo de gasto e dedicar uma hora por mês para atualizar o seu orçamento.
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5. 4º dia: faça uma relação de todas as suas dívidas
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5/16 (George Doyle/Thinkstock)
Crie uma lista na qual você relacione todas as suas dívidas. Em cada uma, é necessário apontar o valor total do saldo devedor, o valor da prestação mensal (quando houver), nome do credor e o Custo Efetivo Total (CET) de cada linha de crédito. O CET mostra todos os encargos incluídos na dívida e é a melhor forma de analisar as taxas cobradas. Organize essa lista a partir da dívida mais cara para a mais barata, usando o CET como critério para esse ranking.
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6. 5º dia: defina seus objetivos financeiros
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6/16 (RomoloTavani/Thinkstock)
Crie uma lista de sonhos e objetivos pessoais que você pretende alcançar nos próximos seis meses, em um ano e após cinco anos. Faça as contas de quanto precisará poupar para alcançá-los.
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7. 6º dia: faça uma lista de corte de gastos
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7/16 (Tramvaen/Thinkstock)
Relacione todas as economias que você se propõe a fazer, com base na análise de seu orçamento, identificação do total de parcelas mensais de suas dívidas e o quanto gostaria de poupar. Trocar o carro atual ou até o próprio imóvel por outro mais em conta é uma estratégia eficaz. As metas devem ser relacionadas por escrito.
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8. 7º dia: se comprometa a aumentar sua renda
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8/16 (Tijana87/Thinkstock)
Defina, por escrito, valores que você pretende levantar no curto prazo, seja vendendo bens que não usa e, se possível, realizando horas extras ou bicos. Defina um prazo para esse período, para que não se torne uma rotina. O ideal é executar esse objetivo durante três a quatro meses, no máximo.
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9. 8º dia: negocie dívidas
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9/16 (Thinkstock/Creatas Images)
Com base no seu plano de corte de gastos e aumento de ganhos, calcule quanto poderá gerar nas próximas semanas ou meses e entre em contato com seus credores para quitar as dívidas com CET acima de 2% ao mês e/ou substituir as dívidas mais caras por outras de CET mais baixo, com o objetivo de reduzir seu gasto com juros. Assuma prestações que você consiga pagar com tranquilidade, para não correr o risco de cair em dívidas não planejadas (
veja 10 passos para negociar sua dívida com o banco). Uma boa estratégia é vender bens de alto valor, como o carro.
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10. 9º dia: estude investimentos
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10/16 (ThinkStock/sjenner13)
Analise investimentos oferecidos pelo banco no qual você tem conta e por outras instituições financeiras. Dedique uma ou duas horas para entender como funciona cada aplicação financeira (
veja 10 livros essenciais para quem quer começar a investir). Preencha um questionário para identificar seu perfil de investidor.
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11. 10 º dia: defina metas de poupança
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11/16 (James Thew/Thinkstock)
Faça planos de quanto começará a poupar por mês assim que liquidar suas dívidas, caso tenha débitos que não foram planejados. Passe a poupar somente quando suas dívidas se limitarem a financiamentos planejados, com prestações que caibam confortavelmente no orçamento.
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12. 11º dia: escolha uma aplicação para a aposentadoria
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12/16 (ChickiBam/Thinkstock)
Marque uma reunião com um corretor de seguros para discutir o melhor plano de previdência para seu perfil ou busque uma aplicação financeira que seja mais adequada para objetivos de longo prazo (
veja 8 verdades que você deve encarar sobre a aposentadoria). Comprometa-se a iniciar as contribuições somente depois de quitar suas dívidas.
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13. 12º dia: automatize seus investimentos
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13/16 (Anatoliy Babiy/Thinkstock)
Ao iniciar aplicações e começar a guardar dinheiro, prefira que os depósitos mensais sejam feitos por débito automático. A ferramenta reforça a necessidade de ter disciplina, essencial para o sucesso de seu plano.
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14. 13º dia: organize documentos e senhas
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14/16 (gpointstudio/Thinkstock)
Com o planejamento definido, tire um tempo para organizar documentos do banco e guardar senhas de cartões, por exemplo. Defina também uma data a cada seis meses para que você estude as aplicações que seu banco oferece e possa compará-las com as de outras instituições financeiras.
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15. 14º dia: planeje o orçamento futuro
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15/16 (Thinkstock)
Para ter disciplina, você precisa saber o resultado de cada passo. Planilhas são recomendadas porque permitem projetar gastos futuros, incluindo consumo em datas festivas, para que você veja quanto dinheiro irá acumular e quando irá conseguir atingir seus objetivos financeiros. Tenha como hábito pensar no futuro e ajustar o orçamento atual quando ocorrer algum desequilíbrio.
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16. Agora veja 15 formas de controlar o seu orçamento
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16/16 (Raul Júnior/VOCÊ SA)