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Veja quanto você pode ganhar ao investir no Tesouro Direto

Calculadora do Tesouro Direto mostra o rendimento que o investidor terá ao final do prazo de acordo com o título comprado e o valor investido


	Dinheiro: Ferramenta mostra exatamente o retorno de cada título de acordo com o prazo de investimento
 (Thinkstock/Nastia11)

Dinheiro: Ferramenta mostra exatamente o retorno de cada título de acordo com o prazo de investimento (Thinkstock/Nastia11)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 14h38.

São Paulo - Os títulos públicos, vendidos pelo Tesouro Direto, têm oferecido remunerações atrativas. Com o alto patamar da taxa Selic, hoje aos 14,25%, suas taxas, que são influenciadas pelo comportamento dos juros básicos, também estão elevadas. É possível conferir isso em poucos cliques na calculadora do Tesouro Direto, que mostra exatamente quanto o investidor vai ganhar ao investir em cada título.

A ferramenta gratuita pode ser acessada pelo site Tesouro Direto, a plataforma online de negociação de títulos públicos, e não é preciso fazer nenhum tipo de cadastro. 

Para usá-la, basta preencher as seguintes informações: o título você pretende comprar, a data da compra, seu vencimento, o valor investido, a taxa paga pelo papel no momento da compra, a taxa de administração e o IPCA ou a taxa Selic projetada para o período (a ferramenta solicita uma taxa ou outra de acordo com o título em questão).

As informações sobre o título, como sua taxa de compra e sua data de vencimento, são facilmente visualizadas em uma tabela que fica disponível na mesma página da calculadora e mostra os títulos que estão à venda no momento.

Se o título for o Tesouro Selic, por exemplo, que é o papel que acompanha a variação da taxa Selic, então a calculadora solicita a Selic projetada para o período. Já se o título for o Tesouro IPCA+, título que paga uma determinada taxa de juro, mais a variação da inflação medida pelo IPCA, então é solicitada a inflação anual estimada para o período.

Já se o título selecionado for o Tesouro Prefixado, título que paga uma taxa de juro definida no momento da compra, não são solicitadas informações sobre a taxa Selic ou o IPCA, afinal esse título não possui nenhum indexador, ele paga pura e simplesmente a taxa de juro.

Após inserir as informações sobre os títulos, basta clicar em calcular. A ferramenta mostra então uma tabela com os resultados da simulação.

Veja na tabela a seguir os resultados de algumas simulações feitas na calculadora do Tesouro Direto. Foram selecionados apenas títulos disponíveis para compra hoje e em todos os casos foi considerado um investimento de 10 mil reais.

Título Vencimento Rentabilidade líquida no vencimento*
Tesouro Selic 2021 01/03/2021 R$ 18.098,01
Tesouro Prefixado 2018 01/01/2018 R$ 12.941,70
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2025 (NTNF) 01/01/2025 R$ 21.911,25
Tesouro IPCA+ 2019 15/05/2019 R$ 14.371,00**
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050 R$ 163.633,31**

*Todas as rentabilidades são apresentadas já líquidas de Imposto de Renda e consideram o investimento por meio de corretoras que não cobram taxa de administração (confira as taxas cobradas por instituição). 

**Foi considerada uma inflação anual de 6,7%, que é a taxa de inflação esperada para 2016, segundo o Boletim Focus do Banco Central. 

Site do Tesouro também mostra o melhor título para você 

A escolha sobre qual título comprar depende do prazo do investimento, dos seus objetivos financeiros e da sua tolerância a riscos. 

A ferramenta Orientador Financeiro, também hospedada no site do Tesouro, indica qual título é o mais indicado para cada investidor. Para isso, basta responder algumas perguntas relacionadas aos seus objetivos de investimento e ao final do questionário a página apresenta a melhor opção de título.

Veja o passo a passo para começar a investir no Tesouro.

Risco de calote?

Muitos investidores se preocupam com um eventual risco de calote do governo. No entanto, matéria anteriormente publicada por EXAME.com, mostra que esse risco é muito baixo.

Ao falar sobre o risco de crédito dos títulos públicos, que é o risco de que o pagamento do título não seja honrado, economistas e consultores financeiros costumam dizer que o Tesouro tem o menor risco de crédito da economia brasileira.

Por trás dessa afirmação está a lógica de que, dentro de uma economia, o governo é a instituição com menor risco de quebra. Ou seja, para chegarmos ao ponto de o governo quebrar, diversas outras instituições quebrariam antes, já que o risco que o governo tem de quebrar é o risco que corremos de a economia sofrer um colapso geral.

Ao menos era isso o que vinha sendo falado sobre o risco do Tesouro até o momento. Porém, em vista das incertezas que vivemos agora, diante do processo de impeachment e dos fracos indicadores econômicos, investidores se perguntam se esse quadro mudou. 

O principal argumento usado por economistas para dizer que o risco de calote do Tesouro Direto continua baixo é o fato de que os títulos públicos fazem parte da dívida interna do governo e são emitidos em reais. Portanto, em último caso, o governo emitiria mais moeda para honrar os títulos públicos. 

Outro argumento ainda é que o Tesouro Direto representa menos de 1% da dívida pública federal. Assim, economistas acreditam que se ocorresse um eventual calote, ele atingiria outros credores da dívida antes.

Veja a matéria completa sobre o risco de crédito dos títulos públicos vendidos pelo Tesouro Direto.

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