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Veja onde foi parar o seu fundo com a nova classificação

Levantamento da Anbima mostra para quais categorias devem migrar os fundos atuais, de acordo com suas características


	Investimentos: situação é mais complicada para quem aplica em fundos de renda fixa, nos quais ocorreram as maiores mudanças
 (Thinkstock/Pogonici)

Investimentos: situação é mais complicada para quem aplica em fundos de renda fixa, nos quais ocorreram as maiores mudanças (Thinkstock/Pogonici)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 17h41.

São Paulo - A nova classificação de fundos de investimentos da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capital (Anbima), que entrou em vigor em outubro, mudou totalmente os nomes dos tipos de carteiras do mercado, dificultando a comparação com as médias das estratégias, uma vez que os bancos ainda não atualizaram os dados das carteiras.

A situação é mais complicada para quem aplica em fundos de renda fixa, nos quais ocorreram as maiores mudanças.

Ou seja, o investidor ainda aplica em um fundo DI no banco, mas se quiser saber a rentabilidade média desses fundos na Anbima terá de procurar entre 15 classificações da entidade aquela que se enquadraria melhor na estratégia anterior.

Os nomes nos bancos ainda serão alterados ao longo dos próximos meses, com a realização de assembleias de cotistas.

Para resolver esse problema, a Anbima divulgou um levantamento que mostra para onde devem migrar os fundos atuais, de acordo com suas características.

O levantamento leva em conta as informações fornecidas pelos gestores que, apesar de não terem mudado o novo dos fundos, já têm de enquadrá-los nas novas classificações ao informar seu patrimônio e rentabilidade.

Assim, descobrimos que a maioria (87,3% do patrimônio) dos fundos DI migrou para a nova classificação Renda Fixa Duração Baixa Grau de Investimento.

Simples, não? Mas atenção: outros 10,4% do patrimônio foram para Renda Fixa Duração Baixa Soberano. Portanto, é com essas classificações que os fundos DI podem ser comparados.

Um pouco mais fácil ficou a vida de quem aplica em fundos Curto Prazo, que em quase sua totalidade (98,6% do patrimônio) migraram para a categoria Renda Fixa Duração Baixa Soberano.

Os renda fixa tradicionais se distribuíram pelas categorias Duração Livre Grau de Investimento, com quase um terço do patrimônio (R$ 209 bilhões), Duração Média Grau de Investimento (R$ 107 bilhões) e Duração Livre Soberano (R$ 95,4 bilhões).

Já os fundos Renda Fixa Índices, que aplicam em papéis do Tesouro corrigidos pela inflação, as NTN-B, ficaram em sua maioria na nova categoria Renda Fixa Indexados, com R$ 79 bilhões.

Outra parcela ficou em Renda Fixa Duração Livre Grau de Investimento, com R$ 36 bilhões.

A nova classificação, apesar de nada ter a ver com a anterior, o que dificulta a compreensão neste primeiro momento, vai permitir ao investidor determinar melhor o perfil da aplicação. Os fundos indexados, por exemplo, terão algum tipo de indexação à inflação.

Os de Duração Baixa aplicação em papéis de curto prazo e os de Duração Alta, de longo prazo. Os Grau de Investimento terão papéis com risco semelhante ao do governo, mesmo que privados.

Os Soberanos devem ter apenas papéis do governo. E os Crédito Livre poderão ter qualquer coisa de crédito privado.

O investidor deve ficar atento, porém, para as exigências da Receita para o prazo dos fundos, pois carteiras que não tiverem um prazo mínimo não terão direito às alíquotas de imposto mais baixas, de 17,5% para aplicações de um a dois anos e de 15% para mais de dois anos.

A expectativa é que os bancos mantenham as características dos fundos atuais, mas é bom conferir.

Abaixo, a tabela mostrando para onde migraram os fundos atuais, pelo valor do patrimônio, de acordo com a Anbima.

Para onde vão os fundos
Patrimônio dos RF em R$/bi
Nova Classificação Curto Prazo Ref. DI Renda Fixa R Crédito Livre RF Índices Outros TOTAL
Simples 0,47 1,51 3,57 - 0,04 0,07 6,66
Indexados - 0,24 6,57 0,25 78,94 0,04 86,05
Duração Baixa Soberano 130,64 43,70 26,94 - 0,4 0,01 201,69
Duração Baixa Grau de Invest. 0,34 366 69,48 7,74 0,06 - 443,63
Duração Baixa Crédito Livre - 0,77 9,32 2,36 0,06 0,05 12,57
Duração Média Soberano - - 1,45 - 1,14 - 2,59
Duração Média Grau de Invest. - - 106,86 2,55 0,62 0,09 110,12
Duração Média Crédito Livre - - 1,4 0,91 0,08 - 2,39
Duração Alta Soberano - - 19,84 - 1,33 0,08 21,25
Duração Alta Grau de Invest. - 0,01 65,52 - 4,22 - 69,75
Duração Alta Crédito Livre - - 0,07 - - 0,06 0,13
Duração Livre Soberano - 0,03 95,42 - 9,9 0,28 105,64
Duração Livre Grau de Invest. - 6,85 209,07 13,36 35,76 1,87 266,9
Duração Livre Crédito Livre - 0,24 14,2 36,04 2,7 0,54 53,71
Investimento no Exterior - - 0,01 - - - 0,01
Dívida Externa - - - - - 0,22 0,22
TOTAL 132,46 419,35 629,74 63,22 135,24 3,3 1.383,31
 
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